Presidente esperava 20 mil pessoas em Tulsa, no Estado de Oklahoma, em evento que marca a retomada de sua campanha, mas comparecimento foi bem abaixo do esperado
O presidente dos EUA, Donald Trump, retomou neste sábado, 20, sua campanha eleitoral com um comício em uma arena em Tulsa, no Estado de Oklahoma, que vem batendo recordes diários de novos casos de coronavírus. O discurso foi recheado de ataques aos democratas e à imprensa. Mas a grande surpresa foi o comparecimento do público, bem abaixo do que se esperava. Tim Murtaugh, porta-voz da campanha, culpou a mídia e manifestantes radicais pela arena meio vazia.
"Manifestantes radicais, aliados à mídia, tentaram espantar os apoiadores do presidente", disse Murtaugh. Trump também tentou justificar a ausência de pessoas no início do discurso. "Vocês são heróis", disse o presidente. "Tem um monte de gente ruim lá fora."
No decorrer da fala, a maior parte dela feita de improviso, ele voltou aos velhos temas de campanha, fez elogios ao governo, que cortou impostos, e tentou passar uma imagem de defensor da lei e da ordem, no momento em que o país vive uma onda de protestos contra a violência racial.
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Foto: Reprodução
A maior parte do tempo, Trump gastou para atacar Biden, retratado como refém da ala radical do Partido Democrata. "Vocês acham realmente que ele (Biden) é capaz de controlar esses loucos radicais? Ele é uma marionete da esquerda radical", disse Trump. "Se os democratas ganharem em novembro, este país vai virar um caos."
Cadeiras vazias em discurso de Trump em Tulsa
Foto: Reprodução
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Em certos momentos, o presidente disparava para todos os lados. Ele propôs uma lei para punir com até um ano de prisão quem queimar a bandeira americana, chamou o coronavírus de "Kung Flu" e culpou a China pelas mazenas econômicas dos EUA. "Estava tudo indo muito bem, até que esse vírus surgiu na China", disse.
Estadão