Objetivo é conter pandemia do coronavírus; Europa tornou-se o epicentro da doença
Os países membros da União Europeia decidiram por unanimidade nesta terça-feira, 17, proibir durante 30 dias a entrada de pessoas que não pertencem ao bloco, para conter a pandemia do novo coronavírus. A medida foi anunciada pela primeira-ministra alemã, Angela Merkel.
Esta proibição "com pequenas exceções" será aplicada durante 30 dias, declarou Merkel em uma conferência de imprensa, após uma reunião com os líderes dos países da UE por meio de videoconferência.
O fechamento das fronteiras ocorre no momento em que, pela primeira vez, o número de casos e de mortes pela covid-19 é maior em outras países do que na China. Segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, foram registradas, em todo o mundo, 7.074 mortes pela doença. Dessas, 3.217 ocorreram na China.
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Internamente, países europeus com mais casos de coronavírus já vinham tomando medidas drásticas para conter a epidemia. Nesta segunda-feira, o governo da Alemanha passou a fechar as fronteiras com a França, a Suíça e a Áustria, para tentar conter a propagação do coronavírus.
Também a França decidiu restringir por pelo menos 15 dias a circulação das pessoas. Os cidadãos só poderão circular na rua para ir ou voltar do trabalho, ir ao supermercado e aos centros de saúde em caso de necessidade. Com o maior número de casos da Europa, a Itália permanece isolada e os moradores estão proibidos de deixar suas casas, a não ser em casos de emergência.
Brasil mantém fronteiras abertas
O governo federal decidiu em reunião nesta segunda-feira não seguir os vizinhos Argentina e Colômbia e manter abertas as fronteiras do País. A medida é defendida pelos ministérios da Saúde e da Justiça para evitar a expansão dos casos de coronavírus. A decisão foi tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, após reunião no Planalto, conforme apurou o Estado.
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No encontro, ficou acertado que o Brasil vai adotar medidas para intensificar os protocolos de saúde. Argentina, Chile e Colômbia anunciaram que vão fechar suas fronteiras. Ainda ontem, Bolsonaro não participou de uma videoconferência com chefes de Estado da região e foi representado pelo chanceler, Ernesto Araújo.
Estadão