11 de Maio de 2024 - Ano 10
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Mulher
28/03/2014

No Brasil, mulher prefere cocaína à maconha, diz estudo

Foto: Reprodução

2% consomem a droga e 1,4% fuma maconha; para pesquisadora, inibição de apetite é um dos fatores de atração

Embora a maconha seja a droga ilícita mais consumida entre os jovens de 14 a 25 anos, a cocaína é o entorpecente preferido entre as entrevistadas do sexo feminino, segundo resultados da pesquisa da Unifesp.

 

De acordo com o estudo, 2% das mulheres consomem cocaína contra 1,4% que fuma maconha. "Esse é um fenômeno raro em outros países porque a maconha é sempre a droga mais popular. Pode-se imaginar que tenha a ver com a nossa questão cultural da imagem, da estética. A menina não vai usar a maconha, porque dá 'larica' (fome exagerada) e ela vai comer mais, e a cocaína é um inibidor de apetite. E a gente vai ter meninas jovens, que ainda estão em desenvolvimento, usando uma substância extremamente nociva", diz a pesquisadora Clarice Sandi Madruga.

 

 

Entre a população jovem em geral, a prevalência do consumo de maconha é de 4,8% e o de cocaína, 3,4%.

 

Para a estudante de Cinema Caroline Gonzales, de 23 anos, a maconha é uma droga popular porque promove interação social entre os jovens. "Muita gente fuma porque é moda e porque proporciona mais interação. Eu fumo às vezes, mas porque eu gosto", explica.

 

Ela considera baixo o uso de drogas mais pesadas entre os jovens. "Acho que só uns 5% dos meus amigos usam cocaína. Eu mesma não uso porque tenho medo de gostar e acabar partindo para outras drogas."

 

No caso das demais drogas pesquisadas pela Unifesp, os estimulantes foram os mais citados pelos jovens: 1,7% disse ter usado o entorpecente pelo menos uma vez no último ano.

 

 

Para os pesquisadores, o uso de drogas, sobretudo as mais pesadas, leva a outros comportamentos de risco, como o sexo desprotegido e o envolvimento em brigas. De acordo com o estudo, 6% já se envolveram em discussões com agressões físicas que terminaram em atendimento médico.


Prevenção

 

Questionado sobre os resultados do estudo, o Ministério da Saúde diz que não comenta pesquisas, mas ressaltou que desenvolve, em conjunto com o Ministério da Educação, o Programa Saúde na Escola, que realiza ações de promoção, prevenção e atenção à saúde. Entre os temas abordados com os jovens estão saúde sexual e os riscos do uso de álcool e outras drogas. Segundo o ministério, participam do programa 4.861 municípios, que reúnem cerca de 18,7 milhões de alunos em todo o País.
 

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