Gerson Feitosa, presidente da Apeam, é um dos líderes do movimento reivindicatório de policiais militares
Reunidos em assembleia geral na tarde desta quarta-feira, policiais militares do Amazonas decidiram suspender o indicativo de greve, após acordo firmado com o governador José Melo (Pros) que garante a promoção dos 2.284 praças da corporação.
Intermediado pelo deputado estadual Platiny Soares, o compromisso ainda depende da oficialização pelo Governo do Estado, e, caso não seja cumprido, cerca de 8 mil PMs devem paralisar suas atividades por tempo indeterminado no próximo dia 15 de maio. O Corpo de Bombeiros também faz parte do movimento.
Uma das condições do Governo do Estado para que as promoções sejam efetivadas, de acordo com Platiny Soares, é a de que os policiais deixem de receber a Gratificação por Trabalho Extra (GTE) até setembro.
Sargentos e suboficiais votaram contra a suspensão da GTE, mas a maioria concordou em ter o benefício suspenso.
O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar (ASSPBMAM), sargento Francisco Pereira da Silva, o “Pereirinha”, informou que os suboficiais votaram contra a suspensão porque 2,7 mil praças usufruem da gratificação, enquanto a promoção vai beneficiar apenas 2.284 deles.
“Os que recebem a GTE hoje não queriam abrir mão em favor desses 2,2 mil que serão promovidos, mas, como a assembleia decidiu que as promoções são prioridade, nós estamos ao lado da maioria”, declarou Pereirinha.
Segundo o presidente da Associação dos Praças do Estado do Amazonas (Apeam), Gerson Feitosa, os policiais militares pretendem esperar alguns dias pela decisão do governo e, caso o acordo não seja cumprido, prometem deflagrar greve por tempo indeterminado no próximo dia 15.
Outras reivindicações dos policiais são a aprovação do código de ética da corporação, que, atualmente, possui apenas um regulamento disciplinar dos anos 60 adaptado do Exército.; o pagamento de auxílio-alimentação no valor de R$ 240,00 e a regulamentação da carga horária.