Manifestantes usam máscaras e plásticos para se protegerem de spray de pimenta durante protesto em Hong Kong.
Pelo menos 13 detidos e várias pessoas feridas é o saldo provisório dos confrontos deste sábado (27) entre a polícia de Hong Kong e estudantes que protestam a favor de reformas democráticas no território.
Os incidentes começaram de madrugada, quando milhares de manifestantes, que encerravam uma semana de protestos iniciada na segunda-feira (22), se dirigiram à sede do governo de Hong Kong.
Alguns ativistas conseguiram entrar na esplanada na frente do edifício, conhecida por Praça Cívica.
Manifestação terminou em confronto. (Foto: Xaume Olleros / AFP Photo)
Os confrontos começaram quando a polícia tentou expulsar aos estudantes da área cercada. Os agentes usaram gás pimenta, e, segundo as autoridades, quatro policiais e dez guardas de segurança da sede governamental ficaram feridos.
Segundo a polícia e a federação de estudantes, cerca de cinco mil pessoas participaram da manifestação da noite de sexta (26), várias centenas das quais ainda permanecem na região. A eles se somaram nesta manhã alguns dirigentes do movimento "Occupy Central", entre eles seu líder, Benny Tai.
A polícia disse que há 13 detidos por desordem pública, agressões a agentes e entrada não autorizada em propriedade governamental.
Pessoas limpam o rosto de um ativista depois de ter sido pulverizado com spray de pimenta.
(Foto: Xaume Olleros / AFP Photo)
Tanto as autoridades como a federação de estudantes se acusaram mutuamente pelo início da violência.
Os estudantes começaram na segunda uma greve e uma semana de protestos como resposta à decisão que as autoridades de Pequim anunciaram no final de agosto, de não permitir uma eleição aberta para o próximo governante de Hong Kong.
Segundo a decisão do governo chinês, a eleição de 2017 será por sufrágio universal, mas entre dois ou três candidatos que necessitarão do respaldo prévio de um comitê consultivo.
Fonte: EFE/G1