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30/11/2016

Aeronave da tragédia da Chapecoense é considerada problemática

Foto: Agência O Globo

Delegação da Chapecoense posa em frente ao avião antes do voo Delegação da Chapecoense posa em frente ao avião antes do voo

A aeronave em que a delegação da Chapecoense embarcou segunda-feira, com destino a Medelin, na Colômbia, onde o time disputaria hoje o primeiro jogo da final da Sul-Americana contra o Atletico Nacional, não emplacou no mundo da aviação. O modelo Avro Bae 146 - igual ao que caiu na madrugada de ontem em território colombiano, matando 71 pessoas entre jogadores, comissão técnica e jornalistas - só teve 387 unidades vendidas entre 1983 e 2002, período em que foi produzido pela British Aerospace. Número pequeno se comparado aos 1.200 E-Jets, de tamanho semelhante, produzidos pela Embraer entre 2004 e 2015.

 

Um dos motivos é sua fama ruim. O site “airsafe.com” enumera sete acidentes com o modelo antes da tragédia com o time catarinense, com 252 mortes. Para Carlos da Silva Cordeiro, professor de aviação desde 1994, o histórico da aeronave é preocupante:

 

- É um número altíssimo. Existem modelos com 5 mil unidades no ar que não têm essa quantidade de quedas.

 

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Veja fotos e vídeos do regaste no local onde avião com equipe da Chapecoense caiu

 

 Avião da Chapecoense caiu pouco antes do pouso na

Colômbia (Foto: Terceiro / Agência O Globo)


Visado, o avião não conseguiu entrar no mercado nacional. O voo que abalou o futebol mundial era da Lamia, pequena companhia da Bolívia. Para Maciel Fogo, mecânico sênior da Latam há 14 anos e diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, o Avro Bae 146 é um presente de grego:

 

- É uma aeronave boa com projeto ruim, que não deu certo. É problemática, não tem oficinas disponíveis, com logística difícil e manutenção complicada.

 

Na terça-feira, as equipes de busca encontraram as duas caixas pretas do avião, que deverão indicar as causas do acidente. Um das versões é de que teria havido uma pane elétrica, problema que, num avião com quatro geradores, é pouco provável, a não ser que houvesse falta de combustível, tese defendida pela Associação de Aviadores da Colômbia.

 

A aeronave que caiu na Colômbia era usada com frequência por equipes de futebol - a da seleção argentina foi uma delas recentemente. Borja, atacante do Atlético Nacional, reclamou que as viagens a bordo dela eram cheias de paradas para reabastecimento. 

 

Extra Online

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