Após paralisação de 100% da frota, ônibus são liberados de garagens em Manaus

Ônibus que operam linhas do transporte público de Manaus começaram a ser liberados das garagens por volta das 9h da manhã deste sábado (2), segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).

Os rodoviários se reuniram e decidiram voltar a rodar com 60% da frota operando.

Desde a sexta-feira (1º) 100% da frota estava retida. Nesta manhã, nenhum coletivo havia saído das garagens nas primeiras horas do dia.

Parte dos rodoviários se reuniram na frente de uma empresa de transporte coletivo na manhã de sábado (2). O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, estava no local e solicitou que os motoristas e cobradores voltassem a conduzir os veículos. Ele afirma que as linhas foram impedidas de operar pelas próprias empresas.

Givancir Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários, negociando

com a categoria na manhã deste sábado (2) (Foto: Indiara Bessa/G1 AM)

"Eles estão muito revoltados porque tiveram a notícia triste que vão demitir 40% da categoria. Pararam 100%, mas nesse exato momento, como forma de boa vontade, vou liberar a frota 100% para volta às negociações com o Sinetram", disse.

Ainda no início da manhã, parte dos rodoviários reclamou que os veículos não estavam sendo liberados das garagens, mas após alguns minutos conseguiram sair, alcançando 60% da frota das ruas, número máximo de veículos que circula durante o final de semana.

A paralisação ocorre mesmo após duas decisões, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª Região, publicadas na quinta-feira (31), que determinam que 60% da frota circule e proíbem a obstrução total ou parcial das garagens por parte dos representante dos rodoviários.

O diretor operacional do Sinetran, Algacir Gurgacz, criticou a paralisação total da frota. "Firmamos um acordo ontem com tudo o que eles queriam, não entendemos o porquê eles fizeram isso hoje", disse.

O prefeito de Manaus, Arthur Neto, afirmou que a greve não deve gerar aumento de passagem. "O prazos legais já terminaram, nenhuma greve continua pra sempre”, disse.

Paralisação

A paralisação no transporte coletivo em Manaus iniciou na terça-feira (29), quando apenas 30% dos veículos foram liberados das garagens, por volta das 4h. Os trabalhadores reivindicam melhorias salairais.

Os micro-ônibus do transporte alternativo, que têm restrição de circulação em alguma áreas da cidade, foram autorizados a circular até o Centro da capital.

A categoria pede reajuste salarial referente à data-base de 2017 e também de 2018. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), que representa as empresas do sistema de transporte coletivo de Manaus, disse que o reajuste máximo possível é de 4%. Os rodoviários reivindicam o repasse do FGTS e INSS. 

G1