Chris Gruetzemacher não sobreviveu ao jiu-jítsu refinado de Davi Ramos
Colecionador de títulos no jiu-jítsu, Davi Ramos faturou sua primeira vitória no Ultimate no sábado passado, no UFC Fresno, à moda da casa: finalização no terceiro round, no mata-leão, contra Chris Gruetzemacher.
Engana-se, no entanto, quem ache que o brasileiro aprovou sua própria performance no octógono.
Em entrevista ao Combate.com, o faixa-preta, que havia perdido para Serginho Moraes em sua estreia na organização, em março deste ano, reprovou sua atuação por ter se apresentado abaixo do que colocara em prática na academia.
- Não fiquei satisfeito, apesar de ter vencido todos os rounds. Treinei mil vezes melhor do que eu lutei. O adversário era muito bom, eu batia, e ele continuava andando pra frente.
Ele tem uma boa experiência, acabei sentindo o corte de peso, pois há muito tempo eu não batia os 70kg (peso-leve). No segundo round fiquei desgastado, mas sempre me recupero muito bem para o terceiro round. Voltei já no terceiro round pra definir a luta!
Embora Davi Ramos não tenha ficado satisfeito, a finalização foi rápida e hábil, típica de quem tem a arte suave como carro-chefe. E ele explica que esta é uma posição que costuma trabalhar com frequência nos treinamentos.
- A posição eu treino bastante. Logo após o segundo round, respeirei, escutei meus treinadores falarem comigo e voltei decidido ao que eu queria fazer. Já briguei demais, é hora de botar pra baixo e pegar.
Foto: Reprodução
Qando eu entrei no double leg, que ele travou, reverti a direção correndo para as costas dele. Nas costas eu me sentir confortável, deu até um alívio (risos). Foi questão de botar para baixo e, antes de pensar em defender o gancho, já estava com a mão no pescoço dele.
E por falar na velocidade do peso-leve, Davi Ramos explica que foi assim que originou o apelido que passou a adotar recentemente dentro do cage: Tazmania.
- Esse apelido foi o Bruninho Frazatto e o André que colocaram. Eu sempre treinei muito acelerado, é meu estilo e eles falaavam: "Você parece o Tazmania".
Foi ficando, nunca tive apelido e, na minha luta, o Bruninho falou: "O seu apelido é esse". Eu respondi: "Porra, Bruninho, não tenho apelido não, porra. E pegou, a galera está conhecendo (risos)
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