26 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
04/05/2016

Argentinos enchem tanques no Brasil e no Paraguai para aliviar inflação

Foto: Gustavo Stephan / Agência O Globo

Preço do combustível tem alta acumulada de 30% no ano

Filas de automóveis na Argentina cruzam a fronteira com o Paraguai e o Brasil para encher os tanques de combustíveis e aliviar a escalada inflacionária que agora afetou o preço da gasolina, segundo fontes empresariais e informações da mídia local desta terça-feira. O governo recentemente anunciou um aumento de 10% nos preços. No ano, a alta já alcança 30%.

 

O fenômeno é registradas nas províncias nordestinas da Argentina, Misiones, Formosa e Corrientes, que fazem fronteira com os vizinhos. Os consumidores conseguem o combustível por um preço entre US$ 0,30 e US$ 0,50 mais baratos que nos fornecedores nacionais.

 

As pessoas já começaram a ir a países vizinhos para abastecer — afirmou à imprensa o presidente da Câmara de Postos de Serviços do Nordeste da Argentina (Cesane), Faruk Jalaf.

 

O preço médio da gasolina nas regiões central e norte é de US$ 1,20 e a premium, US$ 1,30. Nas províncias fronteiriças, o valor é ainda mais alto.

 

Segundo consultorias privadas, a inflação em abril foi a mais alta em 15 anos. O cálculo mais baixo de variação de preços varejistas foi feito pela emrpesa C&T, que projetou 7%, enquanto a Orlando Ferreres y Asociados registrou alta de 8,5%, o nível mais alto calculado pelo mercado.

 

O governo deixou, desde janeiro, de divulgar índices de inflação sob o argumento de que deve reformular o órgão estatístico nacional, o Indec. Os técnicos da instituição haviam prometido que em junho o governo terá condições de publicar dados sobre variação de preços de maio.

 

Segundo o chamado “Índice Congresso”, elaborado por legisladores com base em dados privados, a inflação acumulada no primeiro trimestre é de 12%, o que chegaria em abril com pelo menos 20% segundo as novas informações do mercado.

 

O governo argentino já afirmou que espera inflação anual de 25%, mas as consultorias esperam em torno de 40%.

 

Os preços escalaram após a desvalorização de 34% do peso em dezembro, impulsionada pelo governo de centro-direita de Mauricio Macri. Outros fatores que pesaram na alta dos preços foram os aumentos nas tarifas de eletricidade, gás e água, entre 200% e 700%.


Fonte: O Globo

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