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06/12/2017

CONHEÇA CLÁUDIO DALLEDONE JÚNIOR, A 'ESPERANÇA' DE ABSOLVIÇÃO DO DELEGADO GUSTAVO SOTERO

Foto: Divulgação

Cláudio Dalledone Júnior é uma autoridade do Direito Criminal

Cláudio Dalledone Júnior, 44 anos, é uma das figuras mais icônicas da crônica do direito criminal brasileiro moderno.

 

Ele, juntamente com a advogada Carmem Romero, atua na defesa do delegado da Polícia Civil do Amazonas, Gustavo Sotero, acusado de matar a tiros o advogado Wilson Justo Filho, durante uma briga na casa noturna "Porão do Alemão", em Manaus.

 

Advogado respeitado do Norte ao Sul do Brasil, Dalledone construiu sua imagem atuando em casos dificílimos e de grande clamor popular. 

 

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Em uma das suas atuações mais marcantes, absolveu membros de uma seita religiosa, no Pará, no caso que ficou nacionalmente conhecido como os "Emasculados de Altamira", onde dezenas de meninos foram mortos e tiveram seus órgãos genitais amputados. 

 

Dalledone não só provou que os membros do grupo religioso eram inocentes, como deu novos rumos a investigação do caso, em um trabalho em conjunto com a polícia.

 

O resultado da visão e o instinto apurado de Dalledone foi a prisão de um dos maiores seriais killers de crianças do Brasil. "Mostramos um novo olhar sobre o caso, provamos que se tratava de um trabalho de um serial killer.  A justiça foi feita, libertando  os inocentes e tirando de circulação um perigoso assassino em série", recordou.

 

Para entender Cláudio Dalledone, a pessoa e o advogado, assim como sua carreira, é preciso conhecer a sua história. Faixa preta de Muay Thai, formado por uma das mais tradicionais escolas da arte marcial thailandesa no mundo, a Academia Chute Boxe, Dalledone queria ser delegado de Polícia Federal. 


Acadêmico do Curso se Direito, Dalledone alternava os estudos com os duros treinos de Muay Thai ao lado de nomes consagrados do MMA mundial. Com Anderson Silva e Wanderlei Silva, Dalledone mantém a forte amizade até hoje. "Foi a safra de ouro da Chute Boxe. A história do MMA mundial não é completa sem essas figuras. Eu era desse time, dessa turma. Fomos forjados, formados juntos, lado a lado, e até hoje caminhamos juntos", comentou. 


Tudo se encaminhava na vida de Dalledone para um futuro na Polícia Federal. Focado, ele se preparava para isso. No entanto, um fato, uma tragédia mudou o rumo das coisas. "Assassinaram meu padrinho durante uma briga, uma discussão por motivo fútil. Aquilo acabou comigo. Passei a me concentrar no caso do meu tio", explicou. 


Ainda acadêmico, se debruçou nas investigações sobre a morte do tio. O assassinato tinha autoria conhecida, o acusado foi a júri popular e Dalledone foi junto. "Atuei naquele júri. Participei da assistência de acusação. Quando pisei naquele júri, quando senti aquela atmosfera minha vida mudou. Disse pra mim mesmo: "Esse é o meu lugar", recordou. 


Duas décadas se passaram desde então. O estudante de advocacia, que antes mesmo de se formar já atuava em inúmeros júris, tornou-se advogado e uma das maiores autoridades do Direito Criminal do Brasil. "Eu me dediquei a isso. Atuei em muitos casos, muitos. Fiz muitos júris como defensor público nomeado pelo estado, fui crescendo, fazendo nome. Quando faço o júri do "Emasculados de Altamira" as coisas mudam", contou. 

 

A partir do caso no Pará, Dalledone foi posto à prova mais e mais vezes. Atuou em dezenas de casos emblemáticos, atendeu clientes famosos, como o ex- campeão mundial peso médio do  UFC, Anderson Silva. Advogou em casos de repercussão internacional, como o do goleiro Bruno, acusado de participação na morte de Elisa Samudio. 

 

Dalledone também atuou e atua em casos envolvendo políticos dentro e fora do Estado do Paraná, e tornou-se uma espécie de "oráculo" para a imprensa, dando opiniões e auxiliando jornalistas na produção de conteúdos em todo o território nacional. "A crônica policial, do direito criminal é dinâmica, a imprensa participa ativamente e estou sempre à disposição para colaborar", disse ele. 

 

Dalledone está e esteve à frente de milhares de brasileiros em participações ao vivo em rede nacional, se envolvendo em assuntos polêmicos, sendo, algumas vezes, polêmico também.  Resumindo, uma "celebridade" do mundo  jurídico, como muitos falam. 

 

Tal notoriedade,  fama, o título de "autoridade do Direito Criminal" vêm de casos de repercussão, mas, antes de tudo, da sua atuação em defesa de policiais em todo o Brasil. Seu trabalho é tão intenso frente aos órgãos e forças de segurança pública no país, que recentemente lhe deram o informal título de "O advogado da polícia do Brasil". "É uma gentileza, uma cordialidade que surgiu após a defesa de 13 policiais militares da Rotam de Curitiba", comentou Dalledone. 

 

A defesa dos policias, naquele que foi considerado o maior júri da história do Paraná, tendo sido batizado pela imprensa como "O caso do Alto da Glória", ganhou repercussão nacional. Vídeos com entrevistas de Dalledone defendendo a corporação, falando em nome da polícia muitas vezes, viralizaram na rede, reforçando ainda mais o título de "Advogado da polícia do Brasil". 

 

Dalledone explica que seu trabalho na defesa de policiais vem de longa data. Na sua família, inclusive, muitos são policiais, o que estreita os laços com as corporações. Só em 2017, já são mais de 20 policiais, entre federais, civis e militares, absolvidos pelo escritório de Cláudio Dalledone Júnior, que conta ainda com os advogados Eduardo Caldas, Caio Fortes de Mateus e Renan Canto, todos juristas renomados. 

 

Para o advogado, que diz estar vivendo uma nova fase na carreira, que para ele é a coroação de anos de estudo e trabalho, defender a polícia no Brasil é sempre uma honra. "Sou um homem mais experiente, o tempo e a vida me deram novas perspectivas. Para mim é uma honra advogar para a polícia, defender policiais, delegados, agentes, oficiais. Sejam eles civis, militares, federais, guardas municipais ou metropolitanos, é um sentimento de dever e, como disse, uma honra atuar na promoção da defesa", concluiu. 

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