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11/07/2018

Conheça quem são os orixás mais populares no Brasil

Foto: Reprodução

Conheça a ficha completa das 12 divindades do candomblé brasileiro. Divinizados há 5 mil anos, os orixás representam homens e mulheres com capacidade de alterar o curso da natureza

Atualmente no Brasil são cultuados apenas 12 orixás. Já foram 16: quatro deles (Obá, Logunedé, Ewa e Irôco) há algum tempo só se manifestam em ocasiões bissextas, basicamente em festas e rituais específicos.

 

Um número pequeno, diante dos mais de 200 existentes na África Ocidental, a célula mater dessas divindades.


Reza a tradição que os deuses dos terreiros têm origem nos clãs africanos, divinizados há mais de 5 mil anos.


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A história que se conta é que eles foram inspirados em homens e mulheres capazes de intervir nas forças da natureza por meio de caça, plantio, uso de ervas na cura de doenças e fabricação de ferramentas.

 

Os orixás têm características humanas, virtudes e defeitos: podem ser vaidosos, temperamentais, ciumentos, maternais. Os atributos, quase sempre, têm um paralelo com o meio ambiente.

 

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A equivalência entre os orixás e os santos da Igreja Católica surgiu no período colonial, com a chegada ao Brasil dos primeiros africanos de origem iorubá, povo que habitava a região atual de Nigéria, Benin e Togo.

 

Adeptos do candomblé, eles eram proibidos de adorar suas divindades porque a religião oficial do País era o catolicismo. Para driblar a censura, os negros criaram a associação e seguiam assim praticando sua fé. Por isso, o sincretismo pode variar de acordo com a região do Brasil.


Assim como o candomblé, a umbanda também cultua os orixás. Mas os umbandistas representam essas divindades com imagens diferentes, além de cultuarem outros três espíritos, o preto velho, o caboclo e a pombagira – nenhum deles aparece no candomblé.


Confira, a seguir, “os doze do candomblé”


Iemanjá

 


Considerada a deusa dos mares e oceanos.

 

É a mãe de todos os orixás e representada com seios volumosos, simbolizando a maternidade e a fecundidade.


Personalidade: Maternal e tranquila.


Elemento: Água.


Símbolo: Leque, espada e espelho.


Colar: Transparente, verde ou azul-claro.


Roupas: Branco e azul.


No sincretismo: Nossa Senhora, Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora da Glória.


Dia da semana: Sábado.


Oferendas: Feijoada, xinxim e inhame.


Sacrifícios: Cabra, galinha e porco.


Xangô

 

 

Deus do fogo e do trovão. Diz a tradição que foi rei de Oyó, cidade da Nigéria.

 

É viril, violento e justiceiro. Castiga mentirosos e protege advogados e juízes.

 

Personalidade: Atrevido e prepotente.


Elemento: Fogo.


Símbolo: Machado duplo (oxé).


Colar e roupas: Branco e vermelho.


No sincretismo: São Jerônimo, Santo Antônio, São Pedro, São João Batista, São José e São Francisco de Assis.


Dia da semana: Quarta.


Oferendas: Amalá (quiabo com camarão seco e dendê).


Sacrifícios: Galo, pato, carneiro e cágado.


Iansã

 


Deusa dos ventos e das tempestades. É a senhora dos raios e dona da alma dos mortos.


Personalidade: Impulsiva e imprevisível.


Elemento: Fogo.


Símbolo: Espada e rabo de cavalo (representando a natureza).


Colar: Vermelho ou marrom-escuro.


Roupas: Vermelho.


No sincretismo: Santa Bárbara.


Dia da semana: Quarta.


Oferendas: Milho branco, arroz, feijão e acarajé.


Sacrifícios: Cabra e galinha.


Oxóssi

 


Deus da caça.

 

É o grande patrono do candomblé brasileiro.

 

Personalidade: Intuitivo e emotivo.


Elemento: Florestas.


Símbolo: Rabo de cavalo e chifre de boi.


Colar: Branco rajado e verde.


Roupas: Azul ou verde-claro.


No sincretismo: São Sebastião.


Dia da semana: Quinta.


Oferendas: Peixe, milho branco e amarelo.


Sacrifícios: Galo avermelhado, bode avermelhado e porco.


Ogum

 


Deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e, sem sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso.


Personalidade: Tímido e vingativo.


Elemento: Terra.


Símbolo: Espada.


Colar: Azul-marinho.


Roupas: Azul (com verde-escuro, vermelho ou amarelo).


No sincretismo: Santo Antônio e São Jorge.


Dia da semana: Terça.


Oferendas: Farofa com dendê, feijão, inhame, água, mel e aguardente.


Sacrifícios: Galo avermelhado e bode avermelhado.


Oxum

 


Deusa das águas doces (rios, fontes e lagos). É também deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor.


Personalidade: Maternal e tranquila.


Elemento: Água.


Símbolo: Abebê (leque espelhado).


Colar e roupas: Amarelo-ouro.


No sincretismo: Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora das Candeias.


Dia da semana: Sábado.


Oferendas: Milho branco, xinxim de galinha, ovos, peixes de água doce.


Sacrifícios: Cabra, galinha e pomba.


Exu

 


Mensageiro entre os homens e os deuses, guardião da porta da rua e das encruzilhadas. Só por meio dele é possível invocar os orixás.


Personalidade: Atrevido e agressivo.


Elemento: Fogo.


Símbolo: Ogó (um bastão adornado com cabaças e búzios).


Colar e roupas: Vermelho e preto.


No sincretismo: Santo Antônio.


Dia da semana: Segunda.


Oferendas: Farofa com dendê, feijão, inhame, água, mel e aguardente.


Sacrifícios: Bode e galo preto.


Omulu (ou Obaluiaiê)

 


Deus da peste das doenças da pele. É o médico dos pobres.


Personalidade: Tímido e vingativo.


Elemento: Terra.


Símbolo: Xaxará (feixe de palha e búzios).


Colar: Preto, branco e vermelho.


Roupas: Vermelho e preto (tudo coberto de palha).


No sincretismo: São Lázaro e São Roque.


Dia da semana: Segunda.


Oferendas: Pipoca, feijão preto, farofa e milho – tudo regado a dendê.


Sacrifícios: Galo, pato, bode e porco.


Nanã

 


Deusa da lama e do fundo dos rios, associada à fertilidade, à doença e à morte. É a orixá mais velha de todos e por isso muito respeitada.


Personalidade: Vingativa e mascarada.


Elemento: Terra.


Símbolo: Ibiri (cetro de palha e búzios).


Colar: Branco, azul e vermelho.


Roupas: Branco e azul.


No sincretismo: Sant’Ana.


Dia da semana: Sábado.


Oferendas: Milho branco, arroz, feijão, mel e dendê.


Sacrifícios: Cabra e galinha.


Ossaim

 


Deus das folhas e ervas medicinais. Conhece seus usos e as palavras mágicas (ofós) que despertam seus poderes.


Personalidade: Instável e emotivo.


Elemento: Matas.


Símbolo: Lança com pássaros na forma de leque e feixe de folhas.


Colar: Branco rajado e verde.


Roupas: Branco e verde-claro.


No sincretismo: São Roque.


Dia da semana: Quinta.


Oferendas: Feijão, arroz, milho vermelho e farofa de dendê.


Sacrifícios: Galo e carneiro.


Oxumaré

 


Deus da chuva e do arco-íris. É, ao mesmo tempo, de natureza masculina e feminina. Transporta a água entre o céu e a terra.


Personalidade: Sensível e tranquilo.


Elemento: Água.


Símbolo: Cobra de metal.


Colar: Amarelo e verde.


Roupas: Azul-claro e verde-claro.


No sincretismo: São Bartolomeu.


Dia da semana: Quinta.


Oferendas: Milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos.


Sacrifícios: Bode, galo e tatu.


Oxalá

 


Deus da criação. É o orixá que criou os homens.

 

Obstinado e independente, é representado de duas maneiras: Oxaguiã, jovem, e Oxulafã, velho.


Personalidade: Equilibrado e tolerante.


Elemento: Ar.


Símbolo: Oparoxó (cajado de alumínio com adornos).


Colar e roupas: Branco.


No sincretismo: Jesus Cristo.


Dia da semana: Sexta.


Oferendas: Milho branco, xinxim de galinha, ovos e peixes de água doce.


Sacrifícios: Cabra, galinha, pomba, pata e caracol.


Calendário de festas

 

 Fotos: Reprodução

 

Janeiro


Festa de Oxalá (coincide com a festa do Bonfim, em Salvador), no segundo domingo depois do Dia de Reis, 6 de janeiro.


Abril


Feijoada de Ogum e festa de Oxóssi (associado a São Sebastião), em qualquer dia.


Junho


Fogueiras de Xangô (associado a São João e São Pedro), dias 25 e 29.


Agosto


Festa para Obaluaiê (associado a São Lázaro e São Roque) e festa de Oxumaré (associado a São Bartolomeu), em qualquer dia.


Setembro


Começa um ciclo de festas chamado Águas de Oxalá, que pode seguir até dezembro. Festa de Erê, em homenagem aos espíritos infantis (associados a São Cosme e Damião). Festa das iabás (esposas de orixás) e festa de Xangô (associado a São Jerônimo), em qualquer dia.


Dezembro


Festas das iabás Iansã (Santa Bárbara), dia 4, Oxum e Iemanjá (associadas a Nossa Senhora da Conceição), dia 8. Iemanjá também é homenageada na passagem de ano.


Quaresma


O encerramento do ano litúrgico acontece durante os 40 dias que antecedem a Páscoa, com o Lorogun, em homenagem a Oxalá.

 

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