Rotina de luxo. Cabral e Adriana se casaram no Copacabana Palace, em festa descrita como “nababesca” por um dos convidados
Considerada intratável pelo entorno do ex-governador Sérgio Cabral e conhecida pelo ciúme excessivo, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo ganhou destaque, nas últimas semanas, como personagem central do esquema de corrupção que teria desviado pelo menos R$ 224 milhões em contratos com empreiteiras.
O escândalo revelou uma rotina de alto luxo e levantou a suspeita de lavagem de dinheiro por meio da compra de joias. O casal foi indiciado pela Polícia Federal, anteontem, no inquérito da Operação Calicute.
A relação de Cabral e Adriana sempre foi muito intensa, marcada por grandes brigas. Políticos, pessoas próximas e funcionários do Palácio Guanabara descrevem a ex-primeira-dama como uma pessoa muito ciumenta e que enfrentou crises de depressão.
Um amigo muito próximo do casal assim a define:
— Extremamente inteligente e rápida no raciocínio. Sabe tudo sobre as operações de Cabral. Era simples, quando queria. E sofisticada também, dependendo da ocasião. É depressiva e vive à base de remédios. O uso de joias foi aumentando com o tempo.
Auxiliares do ex-governador dizem ainda que Adriana despertava medo entre os subordinados. Segundo esses relatos, a então primeira-dama costumava gritar com assessores, mandá-los “calar a boca”, e dava broncas públicas, inclusive em Cabral.
Parte dessas explosões é atribuída, no círculo íntimo do casal, a remédios para emagrecer, que provocam alterações de humor.
Chamada de ‘minha riqueza’ pelo marido, ex-primeira-dama é conhecida pelo
temperamento difícil e pelos ataques de ciúmes (Fotos: Reprodução / O Globo)
O Globo