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04/07/2018

Da tribo indígena ao pornô, conheça a história de Bambola Star, novo fenômeno da internet

Foto: Reprodução

Acriana radicada na Itália há 30 anos, a trans e ex-atriz pornô lota o feed de seu Instagram com vídeos em que diz: “Bom dia, Brasil. Boa tarde, Itália"

Angélica, Cleo Pires, Miguel Falabella e Luciana Gimenez são algumas das celebs que se renderam ao bordão de Bambola Star, a nova febre da internet. Acriana radicada na Itália há 30 anos, a trans e ex-atriz pornô lota o feed de seu Instagram com vídeos em que diz: “Bom dia, Brasil. Boa tarde, Itália. Estou de cara lavada, com água e sabão, e só um batonzinho Dolce & Gabbana”.

 

O que pouca gente sabe é que por trás da persona engraçada há uma história bem triste. “Sou da tribo dos índios Kaxinawá. Fugi de um igarapé entre o Acre e o Peru, aos 11 anos, e, até chegar no Rio, fui abusada diversas vezes por caminhoneiros que ofereciam carona”, disse, muito emocionada, por telefone, à reportagem.


Batizada José Francisco de Araujo, Bambola (“boneca” em italiano) adotou o nome artístico aos 17 anos, quando chegou na Itália.

 

Resultado de imagem para Da tribo indígena ao cinema pornô.

 

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“Me perdoe pelo português, mas quando criança, só falava Huni-Kuí, a língua dos Kashinawás, e há 30 anos só falo italiano”, disse a moça que, de forma traumática, descobriu cedo suas preferências sexuais.

 

Bambola Star: travesti acreana é a nova sensação do Instagram

 

“Sempre soube que era homossexual, mas só percebi que me identificava mais com o gênero feminino, aos 12 ou 13 anos, quando usar sainhas era uma das poucas alegrias que eu tinha na vida”.

 

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A saga dos abusos, segundo Bambola, durou meses, período que ela levou para chegar do Acre ao Rio de Janeiro. “Iniciei minha vida sexual da pior maneira possível, mas não podia desistir de vir para cidade grande”, diz.

 

 Batizada José Francisco de Araujo, Bambola (“boneca” em italiano) adotou o

nome artístico aos 17 anos, quando chegou na Itália

 

“Quando cheguei no Rio, estava acabada. Chorava, queria voltar para a minha floresta. Mas não tinha como. Fui pra baixo da ponte, em Botafogo. Depois, me mudei para a Cinelândia, onde conheci uma trans que trabalhava numa boate e pedi que ela me ajudasse a melhorar de vida”.

 


O tempo passou e Bambola, que diz ter 47 anos hoje, começou a fazer "uns bicos" na boate da amiga. "Ah, eu fiz tanta coisa que nem sei. Ela me ofereceu ajuda, em troca de trabalho. E, depois de um tempo, disse que eu poderia trabalhar de empregada e passadeira na Itália. Gostei da ideia e fui". Chegando lá, a ex-Kaxinawá descobriu que estava, na verdade, "presa" nas mãos de uma suposta agência de trabalho.

 

Ainda que esteja na Europa há mais de 28 anos, Bambola

espera passar a velhice em solo brasileiro

 

"Recebi um convite de um produtor de filmes pornô. Eu queria muito ir, mas tinha medo. A moça que me levou para a Itália com outras transexuais disse que eu só poderia sair se ele pagasse uma grana, como se ela fosse minha dona".


Dote pago, Bambola se dedicou a industria pornô e foi feliz assim, por nove anos. "Comecei a ganhar dinheiro e fiz cinco cirurgias plásticas: nariz, seios, pernas. Só não fiz redesignação sexual. Nunca faria. Se eu tirasse meu órgão sexual, tiraria parte daquilo que sou e do que eu vivo", resume a trans, antes de contar como surgiu o bordão que a fez famosa na internet.

 

Aos 17 anos, Bambola foi para Roma, na Itália. Por lá, conheceu

um diretor e entrou para a indústria pornô


"Sou muito reservada e, às vezes, bate uma solidão. Num dia desses, há um ano, em Veneza me deu uma tristeza... peguei a Wendy, minha cachorrinha, e fiz o vídeo com o 'bom dia, Brasil. Boa tarde, Itália'. É tudo verdade, Lavo o rosto com água e sabão e adoro batom da Dolce & Gabbana", diz a moça que atualmente organiza o Miss Italia Trans Sudamerica, consurso de beleza na Toscana.

 

 

 Fotos: Reprodução / Instagram

 

"A gente agrega diversas pessoas. O mundo precisa disso".

 

O Globo

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