26 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Arte e Fama
22/06/2018

Deborah Blando relembra pausa de sete anos na carreira: ‘fui me descobrir como ser humano’

Foto: Fabio Theirri/Divulgação

Cantora, de 49 anos, apresenta sua turnê, que além de relembrar os hits dos anos 90, traz composições inéditas de sua nova fase

Deborah Blando precisou de sete anos de reclusão para se encontrar pessoalmente e profissionalmente. Sucesso nos anos 90 com muitos hits em trilhas sonoras de novelas, como Boy, de Vamp, Innocence, de Perigosas Peruas, e Unicamente, de A Indomada, a cantora sentia que precisava de algo a mais e foi buscar no budismo suas respostas.

 

"Decidi parar a loucura que estava a minha vida porque me identifiquei muito cedo como cantora e não sabia onde se encontrava o meu próprio desejo. Não tinha o discernimento entre o que eu era obrigada a fazer, o que eu já fazia, que era o meu propósito de vida, e o que eu queria. Então fui me descobrir como ser humano", explica ela, filha de uma ucraniana com um italiano, que já se apresentava como cantora aos três anos.

 

Veja também 

Deborah Secco mostra ensaio nu com marido: 'Nunca pensei em ser monogâmica'. VEJA FOTOS!

 

No período fora dos palcos ela descobriu que a felicidade não dependia de estar casada, de ser mãe ou de fazer sucesso. "Morei em um templo budista na Inglaterra e depois fui fazer retiro por vários anos na Suíça, durante o inverno mesmo nos alpes suíços. Aquilo ali me transformou porque comecei a entender que a felicidade nunca ia ser encontrada fora da minha mente. Que se eu não estivesse em paz, nunca poderia ser feliz, idependetente das circunstâncias. Não ia fazer diferença se eu estivesse fazendo sucesso ou não, se fosse solteira ou casada. Não poderia depender daquilo para ter uma paz interior e sem a paz não poderia ter uma voz mais plena, foi aí que esse processo me ajudou tanto."

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.

 

Atualmente com 49 anos, Deborah afirma que essa experiência a faz cantar com uma voz mais madura e com um propósito diferente. No próximo dia 24 de junho, ela apresenta seu novo show no Paris 6 Burlesque, em São Paulo. Além dos hits do passado, a apresentação terá novidades como o single One Truth.

 

"Retorno com uma voz mais madura e com uma vontade de cantar de um lugar muito diferente, que vem do amor e da gratidão pelos meus fãs e pelas pessoas que tiveram a paciência de me esperar", diz.

 

A vontade de ser mãe também ganhou um novo sentido com a espiritualidade. Namorando há três anos Juliano Prudentte, ela se sente realizada com os três cachorros que adotou das ruas.

 

"Sou louca por criança, mas tenho os meus filhos caninos. Na época que eu podia ter tido filhos e ter feito tratamento para engravidar, não quis. Os budas me trouxeram outra missão e outros seres para eu exercer a minha maternidade. Queria muito ser mãe. Salvei a vida dos meus cachorros da rua. Isso foi tão significativo quanto ter engravidado. Acho lindo. Hoje sou mãe igual a outra mãe, mas de três cachorros."

 

 

Foto: Fabio Theirri/Divulgação


QUEM: Você canta os hits do passado em seu show. Como é revisitar essas músicas? Tem alguma que antes fazia muito sentido para você e hoje já não te representa mais?


DEBORAH BLANDO: É muito divertido poder pegar coisas que a gente fazia no começo da carreira e dar uma roupagem nova, mais moderna e atual. Eu sempre tentei escrever letras que não fossem datadas. Escrevia sempre da alma, de uma forma mais poética e lúdica. Sempre pensei: ‘Daqui 20 anos isso vai fazer sentido?’. Claro que na época fazia mais sentido, mas não vejo nas minhas letras coisas que eu tenha vergonha. Ainda bem que tive esse cuidado desde o começo da carreira quando comecei a compor, então não tenho nenhuma letra que eu não me identifique com alguma coisa até hoje.

 

QUEM: Como é o seu processo de composição hoje?


D.B.:
Não sou aquele tipo de compositora que fica fazendo letra inspirada em um roteiro de novela ou de filme. Não fico pensando em novelas... Não falo em terceira pessoa. Falo das minhas experiências espirituais, relacionamentos com namorados, família e amigos. E o que tem mais me inspirado ultimamente é o meu guia espiritual Geshe Kelsang Gyatso. Tenho aprendido muita coisa com ele, me inspira bastante.

 

QUEM: Esse encontro espiritual veio depois da pausa de sete anos que você deu na sua carreira. Como foi parar por tanto tempo?


D.B.:
Decidi parar a loucura que estava a minha vida porque me identifiquei muito cedo como cantora e não sabia onde se encontrava o meu próprio desejo. Não tinha o discernimento entre o que eu era obrigada a fazer, o que eu já fazia - que era o meu propósito de vida - e o que eu queria. Então fui me descobrir como ser humano. Primeiro você tem que se encontrar e o budismo me ajudou muito nisso... Morei em um templo budista na Inglaterra e depois fui fazer retiro por vários anos na Suíça, durante o inverno nos alpes suíços. Aquilo ali me transformou porque comecei a entender que a felicidade nunca ia ser encontrada fora da minha mente. Que se eu não estivesse em paz, nunca poderia ser feliz, idependetente das circustâncias. Não ia fazer diferença se eu estivesse fazendo sucesso ou não, se fosse solteira ou casada. Não poderia depender daquilo para ter uma paz interior e sem a paz não poderia ter uma voz mais plena, foi aí que esse processo me ajudou tanto. Retorno com uma voz mais madura e com uma vontade de cantar de um lugar muito diferente, que vem do amor e da gratidão pelos meus fãs e pelas pessoas que tiveram a paciência de me esperar.

 

 

Foto: Fábio Tieri


QUEM: O que você falaria para a Deborah de 30 anos hoje?


D.B.:
Falaria para essa Deborah de 30 anos não se preocupar porque nada é sólido e que por mais que as coisas pareçam tão enlouquecidas lá fora, é só um sonho, igualzinho a um sonho. Não tem diferença entre um sonho e quando você está acordado. A única coisa é que quando a gente está acordada, a gente pensa que é real, mas como eu tive a oportunidade de estudar a mente, hoje em dia daria esses conselhos mais profundos para a Deborah de 30 anos, apesar que não adianta dar conselhos. Eu tive que passar por tudo isso para hoje entender o que eu não etendia com 30 anos.

 

QUEM: Quais são as suas metas profissionais e pessoais?


D.B.:
A meta pessoal e como cantora é ter sempre saúde e voz para poder cantar e fazer o que eu gosto, porque é o que eu nasci para fazer. Sinto que é uma missão de vida. Mas a minha meta pessoal é me tornar um buda para o benefício de todos os seres vivos sem exceção. Essa é a intenção. Minha meta pessoal é totalmente espiritual, idepende de coisas materiais. A minha busca é muito mais interna.

 

QUEM: Você está namorando há um tempo, não sonha em ser mãe?


D.B.:
Já tenho três filhos, namoro com o Juliano há três anos. Sou louca por criança, mas tenho os meus filhos caninos. Na época que eu podia ter tido filhos e ter feito tratamento para engravidar, não quis. Os budas me trouxeram outra missão e outros seres para eu exercer a minha maternidade. Queria muito ser mãe. Salvei a vida dos meus cachorros da rua. Isso foi tão significativo quanto ter engravidado. Acho lindo. Hoje sou mãe igual a outra mãe, mas de três cachorros.

 

Deborah Blando e o namorado, Juliano

Prudentte (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Revista Quem

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.