Ministro Eduardo Braga teria recebido propina da Andrade Gutierrez, na construção da Arena da Amazônia
Com o cerco se fechando, o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), tem pressa em cassar o governador José Melo (Pros) e assumir imediatamente o governo do estado do Amazonas, que lhe foi negado nas urnas em 2014.
Antes do julgamento do mensalão, onde o ministro Joaquim Barbosa mostrou que todos são iguais perante a lei e mandou para a cadeia uns quadrilheiros políticos e empresários ligados ao PT, ter foro privilegiado era certeza absoluta da impunidade.
Nunca nenhum político era julgado, e quando julgado fatalmente absolvido por falta de provas.
Veja também
Operação Lava-Jato chega ao Amazonas e situação de Eduardo Braga se complica
Agora, foro privilegiado é sinônimo de chave de cadeia, e figurões que jamais imaginavam um dia passar pela frente dos insalubres cárceres, hoje são hóspedes das masmorras que chamam de presídios no Brasil. Talvez, a partir de agora, o Ministério da Justiça do PT resolva tratar os presos como gente.
A delação premiada nada mais é do que uma troca de favores entre o réu e a Justiça. Ele colabora, indica os demais participantes da organização criminosA e é beneficiado com a redução da sua pena ou até o perdão judicial, que importa em extinção da punibilidade.
Claro que o réu só será beneficiado se suas informações forem confirmadas com outros elementos de prova.
Esse cenário, nunca visto antes na história desse país, como diria o comandante-chefe da quadrilha, preocupa Eduardo Braga, que ao renunciar o mandato de senador deixará de ser foco da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal e passará a ser julgado no Superior Tribunal de Justiça, mais distante da mídia e caneta ágil do ministro Teori Zavascki.
O foro privilegiado, que antes seduzia todo político corrupto, agora assusta e faz tremer.