Números revelados pelo IBGE apontam que há 27,6 milhões de desempregados no País
No final do ano passado, ainda sob a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência e com projeções de crescimento do PIB em 2018 que chegavam a superar os 3%, havia um certo otimismo em relação à queda do desemprego.
Mas a realidade tem se mostrado bem diferente. A cada divulgação de dados sobre trabalho no País, consolida-se a convicção que o desemprego será um dos desafios mais urgentes a serem enfrentados por quem vencer a eleição para a presidência em outubro.
Subutilização da força de trabalho ficou em 24,6% no segundo trimestre,
de acordo com o IBGE (Foto: Werther Santana / Estadão)
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Dados anunciados na quinta-feira, 16, pelo IBGE mostram o tamanho desse desafio. No segundo trimestre, o número de pessoas que estão há mais de dois anos procurando emprego chegou ao recorde de 3,162 milhões.
O número de desalentados, que são as pessoas que desistem de procurar emprego por acreditar que não vão mais encontrar, também foi recorde: 4,833 milhões. A taxa de desemprego do País, que estava em 11,8% em dezembro, fechou o segundo trimestre em 12,4% – são quase 13 milhões de desocupados.
Ironicamente, a própria disputa eleitoral é apontada como uma das causas da manutenção da desocupação em níveis tão altos. Com um cenário totalmente incerto, empresas seguram investimentos e, consequentemente, a abertura de novas vagas.
“Estamos num momento de elevada incerteza, sem saber quem é o candidato com mais chances, o que vai fazer, o que propõe”, diz José Ronaldo de Castro Souza Júnior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Isso obviamente segura a retomada.”
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Estadão