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08/10/2018

Dinheiro que não traz sucesso: Clubes de Torres, Iniesta e Jô lutam para não cair na J-League

Foto: Reprodução

Com Vissel Kobe em 11º, Nagoya Grampus em 16º e Sagan Tosu em 17º, os maiores gastadores do futebol japonês vivem um ano frustrante e longe de títulos

Quem é melhor, Andrés Iniesta ou Kengo Nakamura? Ambos veteranos, líderes e presenças inspiradoras em suas equipes. É claro que o espanhol, um dos melhores do seu tempo, está bem acima do ídolo-mor do Kawasaki. Iniesta tem mostrado sua mágica também na J-League, mas no geral o desempenho de Kengo em 2018 tem sido melhor e decisivo na campanha do líder Frontale, que luta pelo bicampeonato japonês.

 

Quem é melhor, Lukas Podolski ou Yu Kobayashi? Sem dúvida nenhuma, o alemão teve uma carreira muito mais aclamada, incluindo até título de Copa do Mundo, enquanto o japonês nunca jogou fora do país e nem se firmou na seleção. Poldi, porém, ainda não mostrou tudo que é capaz desde que chegou ao Japão e vem fazendo apenas uma temporada nota 6. Kobayashi, por outro lado, viveu em 2017 o melhor ano da carreira, em que foi protagonista no primeiro título da história do Kawasaki e eleito MVP da J-League. Este ano, continua fazendo gols decisivos (apesar de alguns pênaltis perdidos) e liderando o ataque do Frontale, além de ser o japonês com mais gols na competição (14).

 

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Quem é melhor, Fernando Torres ou Shinzo Koroki? Comparar a carreira dos dois chega a ser injusto, mas nem o "El Niño" conseguiu solucionar os problemas do Sagan Tosu, o pior ataque da J1. Com só um gol marcado em 12 jogos, Torres perdeu até a titularidade, ficou no banco nesta rodada e não entrou nem com o time perdendo em um confronto direto contra o também ameaçado Shonan Bellmare. Koroki é mais um que nunca se transferiu para o exterior nem correspondeu na seleção, mas nos clubes tem sido sempre garantia de dois dígitos na lista de artilheiros. Este ano ele continua entre os destaques do Urawa Reds, com 13 gols marcados.

 

Quem é o melhor centroavante, Jô ou Patric? Não há dúvidas que Jô atingiu um patamar muito mais alto durante a carreira, mas a temporada de Patric não deve em nada ao melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2017. Aliás, os dois estão empatados na artilharia desta J-League com 20 gols, mas o ano do atacante do Sanfrecce Hiroshima tem sido melhor. Carregando nas costas o ataque de um time que prioriza a defesa, Patric seria favorito ao prêmio de melhor do campeonato em caso de título do Sanfrecce. Jô tem menos obrigações defensivas e joga em um sistema feito para atacar, mas que também sofre muitos gols e frequentemente tem deixado a desejar como um time.

 

Restando cinco rodadas para o fim da temporada na J-League, os clubes que investiram pequenas fortunas para contratar estrelas internacionais estão apenas lutando para não cair. O Vissel Kobe chegou a passar algumas rodadas em quarto lugar e sonhava com a inédita classificação para a ACL, mas sofreu seis derrotas seguidas e, após arrancar um empate com o lanterna V-Varen Nagasaki neste sábado, caiu para 11º lugar, seis pontos acima do Z-3.

 

O Sagan Tosu, que vem sofrendo entre os últimos colocados desde o primeiro turno, caiu para 17º ao sofrer a segunda derrota seguida. Um eventual rebaixamento seria catastrófico para o clube que acabou de perder seu maior investidor, a CyGames, e teria sérios problemas em recuperar o status de time com presença constante na J1. O Nagoya Grampus, que ficou na lanterna da 9ª até a 21ª rodada e depois começou uma incrível reação com sete vitórias seguidas, volta a sentir a corda no pescoço; sem somar nenhum ponto nas últimas três rodadas, já recuou para 16º, fechando o Z-3 e ocupando a zona de playoffs.

 

 

Todos esses times tiveram retornos positivos dos craques que contrataram em termos de publicidade, exposição na mídia e aumento de público. E isso é ótimo para a J-League, que precisa de mais jogadores assim para continuar crescendo. Mas faltou juntar tudo isso em um time organizado e coeso. Não adianta só contratar grandes nomes, é preciso planejamento. Times como Sanfrecce Hiroshima, Consadole Sapporo e Vegalta Sendai não contrataram nomes famosos e eram dados como candidatos ao rebaixamento no início da temporada, mas hoje estão na parte de cima da tabela. Eles têm um sistema de jogo bem definido, eles primam pelo coletivo e graças a isso superaram expectativas.

 

O Kashima Antlers tem o melhor elenco do Japão e poderia estar na disputa pelo título se não fosse pelo péssimo primeiro turno. Ainda assim, está recuperado, vivo em todas as outras competições e com grande chance de top-3 na J-League. O Kawasaki Frontale também não fica muito atrás em questão de elenco e está com a faca e o queijo nas mãos para faturar o bi. Bons exemplos a serem seguidos estão aí. Atualmente há mais dinheiro correndo na J-League, mas os clubes precisam aprender a usá-lo melhor.

 

Mais pressão no Hiroshima. Na inesperada derrota em casa do Sanfrecce para o Reysol, a torcida local estava com uma faixa direcionada ao seu técnico: "Jofuku, onde iremos a partir de agora depende do seu preparo"

 

Cerezo perto de trocar de técnico. Depois de perder o segundo Dérbi de Osaka no ano e ficar ainda mais longe do G-3, a imprensa japonesa noticiou que a diretoria do Cerezo pretende mandar embora o técnico Yoon Jung-hwan ao fim da temporada. Segundo o jornal Sponichi, o sul-coreano pode ser demitido até mesmo antes de terminar a campanha.

 

Mudanças na convocação. O Japão fará dois amistosos este mês, contra Panamá (12/10, em Niigata) e Uruguai (16/10, em Saitama). O técnico Hajime Moriyasu anunciou semana passada a convocação, e já teve que fazer duas mudanças por lesão no ataque. Saíram Yu Kobayashi e Asano, entraram Kitagawa (Shimizu) e Kawamata (Iwata).

 

O golaço da rodada. Kazuya Murata entrou aos 43 do segundo tempo e aos 49 acertou um lindo chute de fora da área para fechar o caixão do Júbilo Iwata na goleada de 5x1 do Shimizu S-Pulse. Belo presente de aniversário para o meia, que completou 30 anos. Enquanto os Laranjas estão com a permanência na J1 quase assegurada, a Celeste completou cinco jogos sem vitória e está à beira da zona de rebaixamento.Resultados da 29ª rodada da J-League:

 

05/10 - Yokohama F-Marinos 2x1 Hokkaido Consadole Sapporo


Nissan Stadium (19.124)


Jay Bothroyd (21', 0x1), Teruhito Nakagawa (24', 1x1), Hugo Vieira (42', 2x1)

 

06/10 - Cerezo Osaka 0x1 Gamba Osaka


Yanmar Stadium Nagai (34.303)


Ademilson (45')

 

06/10 - Sanfrecce Hiroshima 0x3 Kashiwa Reysol


Edion Stadium (11.683)


Junya Ito (23'), Junya Ito (27'), Michael Olunga (35')

 

06/10 - Vissel Kobe 1x1 V-Varen Nagasaki


Noevir Stadium (22.349)


Takashi Sawada (22', 0x1), Masatoshi Mihara (30', 1x1)

 

06/10 - Sagan Tosu 0x1 Shonan Bellmare


Best Amenity Stadium (11.557)


Takuya Okamoto (62')

 

07/10 - Kashima Antlers 0x0 Kawasaki Frontale


Kashima Soccer Stadium (31.798)

 

 

07/10 - Vegalta Sendai 1x1 Urawa Reds


Yurtec Stadium (18.276)


Daiki Hashioka (24', 0x1), Ko Itakura (40', 1x1)

 

07/10 - Shimizu S-Pulse 5x1 Júbilo Iwata


IAI Stadium Nihondaira (19.159)


Koya Kitagawa (1', 1x0), Douglas (38', 2x0), Taishi Taguchi (51', 2x1), Douglas (61', 3x1), Koya Kitagawa (72', 4x1), Kazuya Murata (90+4', 5x1)

 

07/10 - Nagoya Grampus 1x2 FC Tokyo


Toyota Stadium (33.251)


Kotaro Omori (65', 0x1), Kensuke Nagai (68', 0x2), Jang Hyun-soo (gol contra, 90+4', 1x2)

 

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Classificação - Artilharia


Média de público: na rodada: 22.389; no campeonato: 18.501


Média de gols: na rodada: 2,34; no campeonato: 2,63 

 

Globo Esporte

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