26 de Abril de 2024 - Ano 10
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Mulher
28/04/2017

Em carta, ativistas mulheres de 40 países pedem que Trump busque paz com Coreia do Norte

Foto: Getty Images

Documento endereçado ao presidente americano alerta para os riscos que a população civil da península corre com a escalada das tensões entre Washington e Pyongyang

Conforme a Casa Branca se prepara para informar formalmente ao Senado americano sobre a crise nuclear com a Coreia do Norte nesta quarta-feira (26), ativistas mulheres de mais de 40 países pedem a Donald Trump, por meio de uma carta, que evite conflitos armados e busque soluções diplomáticas.

 

O temor é que a escalada das tensões com a península coreana resulte em uma guerra na região. “Cremos que a diplomacia é o único caminho para solucionar esta crise nuclear”, diz a carta endereçada ao presidente americano. “A paz é o inibidor mais poderoso de todos”.


Uma cópia do documento assinado por centenas de líderes mulheres foi disponibilizada antecipadamente e encaminhada, também, para senadores convocados para a reunião na Casa Branca nesta quarta-feira, informou Christine Ahn, coordenadora da Women Cross DMZ, grupo de ativistas femininas que ajudou a organizar a carta, ao “New York Times”.

 

A reunião foi convocada após os Estados Unidos e seus aliados, Coreia do Sul e Japão, intensificarem exercícios militares no pacífico em função do aumento do risco de os norte-coreanos promoverem um teste nuclear sem a autorização de Washington.

 

“O presidente Trump poderia demonstrar sua capacidade de fazer acordos ao reforçar a única coisa que sempre funcionou: a diplomacia”, afirmou Ahn. “A negociação com Pyongyang [capital da Coreia do Norte] seria um case de sucesso em seus 100 primeiros dias [de governo]”.


Para as ativistas, a carta é seu próprio míssil para interromper a escalada das tensões. Nas últimas semanas, Washington prometeu impedir o avanço nuclear dos norte-coreanos usando seu poder militar, se for preciso. Inclusive, direcionou o porta-aviões Carl Vinson para a região. A resposta de Pyongyang foi a ameaça de ataques preventivos, aviso de uma guerra nuclear e testes com mísseis.


“Esta situação ameaça a todos os locais”, alertou Kozue Akibayashi, presidente internacional da ONG Women’s International League for Peace and Freedom.

 

Ewa Eriksson Fortier, voluntária com profundos conhecimentos sobre a Coreia do Norte, também expressou preocupação de que Trump poderia promover mais sansões contra o país, restringindo a importação de petróleo.


“Devemos ser cautelosos com estas sanções, que prejudicam os mais vulneráveis”, afirmou. "Pessoas comuns precisam de combustível para abastecer tratores e maquinários em caso de desastres e na prevenção de enchentes. E também para garantir alimentação, água potável e saneamento”.


As ativistas pedem que Trump negocie a paralização do programa nuclear e balístico da Coreia do Norte em troca da garantia de que os Estados Unidos irá suspender seus exercícios militares.

 

Além disso, querem que o presidente americano resolva a raiz do problema, negociando um tratado de paz para encerrar formalmente a guerra da Coreia -- um cessar fogo foi realizado em 1953, mas a península ainda está tecnicamente em conflito.


“Por mais de 70 anos, isolação, armas, tropas e ameaças de um apocalipse foram usadas para separar o que um dia foi um país unificado”, lamentou a escritora e feminista americana Gloria Steinem. “Já não é tempo de os líderes pararem, reconhecerem o perigo e ouvirem?”

 

Em maio de 2015, a Women Cross DMZ organizou um grupo de 30 ativistas mulheres para cruzar a região desmilitarizada das duas Coreias como forma de chamar a atenção para a necessidade de paz que dividiu a região.

 

Revista Marie Claire

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