06 de Maio de 2024 - Ano 10
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Internacional
30/12/2017

Governo adverte população contra manifestações 'ilegais' no Irã

Foto: AFP

"Pedimos à população que não participe de manifestações ilegais, já que criarão problemas para si mesmos e para outros cidadãos", declarou Abdolreza Rahmani Fazli, citado pela agência de notícias Isna

O ministro iraniano do Interior pediu à população, neste sábado (30), que não participe de "manifestações ilegais", após dois dias de protestos contra o poder e contra o alto custo de vida em várias cidades do país.


"Pedimos à população que não participe de manifestações ilegais, já que criarão problemas para si mesmos e para outros cidadãos", declarou Abdolreza Rahmani Fazli, citado pela agência de notícias Isna.


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O ministro iraniano do Interior pediu à população, neste sábado (30), que não participe de "manifestações ilegais", após dois dias de protestos contra o poder e contra o alto custo de vida em várias cidades do país.

 

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"Pedimos à população que não participe de manifestações ilegais, já que criarão problemas para si mesmos e para outros cidadãos", declarou o ministro Abdolreza Rahmani Fazli, citado pela agência de notícias Isna.


"Se as pessoas quiserem organizar manifestações, devem fazer o pedido e obter autorização", afirmou, acrescentando que recebeu informações sobre "convocações nas redes sociais para a participação de manifestações".

 


Neste sábado, pela primeira vez, a televisão pública iraniana abordou os protestos de quinta e sexta-feiras, mostrando imagens e afirmando que é preciso entender "as reivindicações legítimas" da população.


A emissora também denunciou a imprensa e os grupos "contrarrevolucionários" baseados no exterior e que buscam explorar esses eventos.
No total, o número de manifestantes se limitou a algumas centenas, mas esta foi a primeira vez, desde 2009, que tantas cidades iranianas foram tomadas por pessoas protestando.


Os atos desta semana começaram como protestos contra os altos preços, mas depois se tornaram uma crítica ao regime.
Nas redes sociais, foram postados vídeos, nos quais os manifestantes da cidade santa de Qom gritavam "Morte ao ditador!" e "Liberdade para os presos políticos!".

 


Alguns membros do governo chegaram a pedir que os problemas do Irã não sejam minimizados.


"O país enfrenta grandes desafios, como o desemprego, os altos preços, a corrupção, a falta de água, as desigualdades sociais e o desequilíbrio do orçamento", tuitou Hesamodin Ashena, o conselheiro cultural do presidente Hassan Rouhani.


"As pessoas têm o direito de fazer ouvir sua voz", acrescentou.


Protestos nas universidades

 

Fotos: Reprodução


Também neste sábado, centenas de estudantes a favor do regime se concentraram na Universidade de Teerã, após uma manifestação de 50 a 70 estudantes contra o governo na frente dessa mesma instituição, informou a imprensa local.


Os ativistas gritavam palavras de ordem contra o poder, relataram as agências de notícias Fars e Mehr, ligadas aos conservadores.


Segundo um vídeo publicado pelo Telegram da agência Fars, havia cerca de 50 estudantes reunidos na entrada principal da universidade, que fica no centro da capital iraniana. O pequeno grupo convidava mais pessoas a se unirem ao protesto.


"Ao contrário das manifestações de outras cidades, que estavam dirigidas contra a situação econômica e a inflação, essa concentração era política", noticiou a Fars.


"Nem Gaza, nem Líbano, eu sacrifico minha vida pelo Irã", gritavam os manifestantes, referindo-se à política regional do governo, segundo a mesma fonte.


A agência Mehr destacou "as duras palavras de ordem contra os dirigentes do país".


No vídeo, também se viam homens do Batalhão de Choque estacionados em uma avenida próxima à universidade.


AFP

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