O grupo "Mulheres contra Bolsonaro" chegou a 1 milhão de participantes no Facebook
O Facebook retirou temporariamente do ar o grupo "Mulheres unidas contra a Bolsonaro" na madrugada deste domingo.
Em nota, a rede social afirma que a comunidade foi desativada após detectar "atividades suspeitas". No comunicado, o Facebook informou que está "trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras".
Com o objetivo renuir mulheres contrárias ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), o grupo foi criado no dia 30 de agosto e chegou a ter mais de 1 milhão de membros. Na noite de sábado, a administração da comunidade, formada por nove mulheres, afirmou em publicações em redes sociais que o grupo teria sido alvo de ataques de hackers. Enquanto afirmavam que tinham perdido o controle do espaço, a página chegou a ser renomeada para "Mulheres com Bolsonaro #17" e passou a exibir uma foto do candidato do PSL com a bandeira do Brasil como imagem principal.
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Administradoras suspeitam de grampo
A professora de filosofia Maíra Motta, de 40 anos, é uma das administradoras do "Mulheres unidas contra Bolsonaro". Na última quarta-feira, ela havia conversado com o #FocaNoVoto sobre os objetivos do grupo.
Ela afirma que vai denunciar o suposto ataque hacker à Polícia Federal e disse ter registrado ocorrência na Polícia Civil de Vitória da Conquista, na Bahia, onde vive. O GLOBO tenta confirmar o registro. O episódio teria acontecido na tarde de sábado e outra administradora também seria alvo.
— Meu celular ficou sem sinal nenhum. Pegaram meu número e puxaram a minha linha para outro telefone. Utilizaram meu Whatsapp e distrataram pessoas com quem eu trabalho, xingaram amigos meus durante toda a tarde de sábado. Consegui resgatá-lo, mas eles estão pegando nossos números de celulares. Isso também aconteceu com outra administradora — diz Maíra.
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Além de Maíra e de outra administradora que dizem ter percebido que as linhas telefônicas foram "sequestradas", uma terceira líder — a única que tinha atribuições para remover membros da administração — acredita que teve a conta no Facebook hackeada. A administradoras desconfiam que estejam com as linhas telefônicas grampeadas e usam aplicativos alternativos para se comunicar, já que tiveram as contas no WhatsApp invadidas.
O Globo