26 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
17/07/2015

Hiroshima e Nagasaki, memórias radioativas do maior atentado terrorista

Foto: Reprodução / Internet

A nuvem de cogumelo sobre Hiroshima após a queda da Little Boy

Ao mesmo tempo em que a população japonesa se prepara para as cerimônias pedindo a paz mundial em homenagem às vítimas das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, tenta mudar a interpretação da Constituição pacifista para permitir um maior engajamento militar do país. A lei imposta pelos Estados Unidos após a Segunda Guerra permite que soldados japoneses entrem em combate em território nacional apenas no caso de o país ser atacado.


A mudança, que conta com a simpatia de Washington, possibilitará o envio de frentes armadas para participar de confrontos em qualquer lugar do mundo. Esse cenário causa arrepios naqueles que vivenciaram os abusos cometidos pelo Exército imperial, tanto no Japão quanto no exterior. Mas a tendência ganha força no parlamento, principalmente por causa da hostilidade de nações vizinhas.


A Coreia do Norte, liderada por uma dura ditadura comunista, insiste em manter um programa de desenvolvimento de armas nucleares, usado como um instrumento de barganha em negociações de assistência à sua combalida economia. E a China, outro país com fracos princípios democráticos, comanda invasões provocativas de embarcações e aviões oficiais em território sob controle japonês com o objetivo de conquistar uma rota marítima para o Oceano Pacífico.


O anúncio do acordo entre as potências nucleares e o Irã, na terça-feira, para acabar com as sanções econômicas impostas ao governo de Teerã adicionou outro elemento no já complexo cenário geopolítico. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), presidida pelo japonês Yukia Amano, terá a difícil missão de analisar o programa de enriquecimento de material nuclear de Teerã. Analistas suspeitam que o Irã teria, no passado, um acordo de transferência de tecnologia com o governo norte-coreano que possibilitaria a produção de ogivas atômicas. O fim do banimento também altera o mercado de energia com a retomada das exportações de petróleo iranianas.


Esse cenário pode aumentar a tensão na Ásia, com o governo de Pequim concentrando ainda mais os esforços para controlar estratégico corredor de navios comerciais do Sudeste Asiático, à base da força, com a construção de ilhas artificiais no Mar Meridional em áreas disputadas por Vietnã, Filipinas e Taiwan.


A mudança da Constituição orquestrada por Abe, político bem relacionado com a extrema direita japonesa, foi enviada para votação na Câmara Baixa do Parlamento nesta semana, onde a situação tem a maioria. Com isso, coloca o Japão a um passo de acelerar o processo de corrida armamentista no Extremo Oriente. Para a população, o cenário é de incertezas. Ao mesmo tempo em que não aceita mudanças no texto da Constituição que garantiu a paz do país nas últimas décadas, existe o temor provocado pelas manifestações de força dos vizinhos continentais.


Para as vítimas da bomba atômica trata-se de um grande retrocesso. Tamiko Shiraishi, sobrevivente da bomba atômica lançada em Hiroshima, em 1945, diz que é como se todos aqueles sentimentos negativos do período da Segunda Guerra estivessem ressurgindo das cinzas. A aposentada de 77 anos, que trabalha como voluntária fazendo palestras para que os jovens não se esqueçam dos horrores da guerra, não acredita que as intenções das lideranças japonesas conseguirão manter a paz e a ordem na região como alega o primeiro-ministro.


Todo ano, no dia 6 de agosto, Tamiko participa das cerimônias em memória às vítimas do ataque nuclear que devastou Hiroshima. À noite, a ex-funcionária da prefeitura acende uma vela dentro de uma pequena lanterna de papel e a coloca no rio Motoyasu, próximo ao local onde o bombardeiro americano B-29 Enola Gay lançou a bomba atômica que mudaria a história da humanidade. A explosão atômica acelerou o processo de rendição do Exército imperial japonês e, com isso, decretou o fim da Segunda Guerra. As pequenas lanternas simbolizam a luz que guia as almas das vítimas da explosão da ogiva de urânio, que provocou o desaparecimento instantâneo de dezenas de milhares de pessoas.


A primeira arma nuclear usada contra um alvo civil na história deixou um rastro de destruição que resultou, entre mortos e desaparecidos, em 166 mil vítimas, apenas nos quatro meses que se seguiram. Estima-se que 50 mil tenham morrido no mesmo dia da bomba. Os números são imprecisos porque muitas pessoas foram simplesmente desintegradas. O impacto da explosão, equivalente a 16 mil toneladas de TNT, ocorrida a cerca de 380 metros de altura, provocou uma onda de calor de 3 mil graus Celsius que colocou em chamas o que tinha sobrado no centro da cidade, povoada na época por 280 mil habitantes. Com base apenas no número de corpos encontrados, o total de vítimas foi de 93 mil. Após Hiroshima, uma segunda bomba foi lançada em Nagasaki, em 9 de agosto. Entre 35 mil e 40 mil pessoas teriam morrido instantaneamente no momento da explosão.

 


Ruínas do bombardeio em Hiroshima, que tinha 280 mil habitantes: estima-se que houve

166 mil vítimas. Números são imprecisos porque muitas pessoas se desintegraram

(Fotos: Reprodução / Internet)


Naquele trágico 6 de agosto, o policial militar Takashi Morita, então com 21 anos, caminhava a 1,3 km do local onde a bomba caiu em Hiroshima. Ele conduzia 13 soldados para um abrigo para armamentos ainda em construção, quando viu um avião sobre o céu, uma chuva negra e foi atirado a cerca de 10 metros. Sentiu um calor muito forte e percebeu que as costas estavam queimadas. Apesar dos ferimentos, ajudou por três dias ininterruptos no resgate. Com medo de contaminação, ficou sem beber água. "No terceiro dia, o médico disse que eu não tinha mais condições", conta Morita, que veio para o Brasil em 1956 e vive em São Paulo desde então.


No bairro da Saúde, na capital paulista, criou há 31 anos uma associação para as vítimas da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki. Nos registros da associação, 270 vítimas viveram no país, mas hoje há apenas 106 sobreviventes. "Nunca vou me esquecer daquele dia. Depois que lançaram a bomba, a cidade pegou fogo. Naquela época, muitos prédios eram de madeira", lembra-se Morita, que ainda trabalha em uma loja da família. Como Tamiko no Japão, sua associação quer contar a história para que a nova geração conheça os problemas da bomba atômica, explica Yassuko Saito, de 68 anos, filha de Morita. Sua mãe, Ayako Morita, também fora vítima da bomba atômica.


Eram 8h16 de uma segunda-feira, noite de domingo no Brasil, quando Tamiko, com apenas 7 anos, presenciou o horror de dentro da sala de aula do primeiro ano do ensino fundamental da Escola de Ujina, em Hiroshima. Como de costume, ela havia praticado exercícios físicos no pátio e se preparava para mais uma semana de aulas.


"O céu estava limpo. Tinha acabado de abrir um livro na minha mesa quando vi um clarão no horizonte. Logo em seguida uma forte explosão afetou os meus ouvidos e estilhaços do vidro da janela foram lançados contra mim. Entramos todos em pânico. Chorávamos e corríamos. No Japão tiramos os sapatos nas escolas, assim como nas casas. Como muitos, eu não consegui achar os calçados e voltei para casa descalça, ferida no rosto e nos pés pelos vidros quebrados", relatou Tamiko ao Valor.


Ela se encontrava a 4 quilômetros de distância do epicentro, onde o percentual de sobreviventes foi de 90%. Dos que estavam a apenas 500 metros do marco zero 10% ainda conseguiram escapar da morte naquele dia. Mas esses, atingidos por fortes doses de radiação, podem ter morrido nas duas semanas seguintes, informam levantamentos de instituições americanas e japonesas. Num raio de 1,5 quilômetro, um terço das pessoas morreu. Muitos que não pereceram carregaram por toda a vida os sofrimentos causados pela queimadura e contaminação radioativa da região após a explosão, que destruiu 90% das 76 mil edificações da cidade. Os sobreviventes, chamados de "hibakusha" - ou vítimas da bomba atômica em japonês -, sofrem com as sequelas até hoje.


Em casa, a mãe de Tamiko conseguiu retirar os cacos de vidro do rosto e dos pés da filha com uma pinça. Sem saber o que fazer, esperaram o dia seguinte para sair em busca de parentes. Era apenas o começo de um pesadelo sem fim. À noite, Tamiko não conseguiu dormir por causa do barulho que vinha da rua. Ao amanhecer descobriu que pessoas que tentavam fugir do centro de Hiroshima gritavam de dor ao passar em frente da sua casa. Eram adultos e crianças com gravíssimos ferimentos. A dor provocada por queimaduras era insuportável. Muitos arrastavam pedaços do corpo, da pele, no chão. Mães carregavam filhos nas costas, alguns totalmente queimados. Tamiko passou anos sem conseguir dormir direito.

 

Vista de 180º do Parque Memorial da Paz de Hiroshima. A Cúpula Genbaku, que permaneceu em pé

após os bombardeamentos, pode ser vista claramente no centro da imagem



"As terríveis cenas do bombardeio vinham à mente todas as noites. Ficava cada vez mais difícil dormir. As lembranças da bomba surgiam até mesmo durante o dia e passei a ter medo de aviões. Me escondia no meu quarto toda vez que um avião passava por perto", relata. Apesar do cenário de destruição, Tamiko acompanhou a mãe nas buscas pela avó, que estava desaparecida, para não ficar sozinha em casa. As ruas estavam infestadas pelo odor de queimado. Pessoas presas nos destroços dos prédios pediam ajuda. Foram três dias caminhando entre escombros e cadáveres humanos até encontrá-la num centro de socorros.


"Muitas pessoas mortas presas nos escombros das construções estavam com as mãos erguidas como se tivessem passado os últimos momentos de vida pedindo ajuda. Outros tinham os rostos voltados para o céu com a vista perdida, olhando para o momento da explosão. Alguns estavam completamente queimados. Estava totalmente apavorada, mas me mantive firme para não causar problemas para a minha mãe", lembra-se Tamiko. "Orávamos todas as vezes quando deparávamos com cenas de mortes trágicas. Mas o que mais me marcou foi o cheiro de dentro do primeiro centro de socorros que visitei em busca da avó. Era como se todo o cheiro da destruição de Hiroshima, prédios, corpos humanos e de animais, estivesse concentrado lá dentro. Até hoje não consigo me esquecer daquele cheiro."


A avó foi encontrada somente três dias depois da bomba. Com queimaduras de terceiro grau nas costas, era obrigada a permanecer deitada de bruços. Ela conseguiu ser transferida para uma unidade militar próxima à casa de Tamiko. O trabalho da criança, então, passou a ser abanar um leque para espantar as moscas que insistiam em se aproximar dos doentes para fecundar ovos.


"Tive que retirar alguns insetos que tentavam entrar no corpo da minha avó. Um dia antes de morrer, ela pediu para minha mãe preparar algum prato. Mas não conseguimos achar nem um ingrediente sequer. Ela acabou nos deixando sem fazer sua última refeição", recorda-se Tamiko. Comida era um luxo que não existia depois da bomba. A fome era constante. De manhã, apenas um caldo. E à noite um bolinho de batata. O almoço, quando tinha, era mato cozido na água do mar. Às vezes também tinha farelo de soja.


A maioria dos historiadores e pesquisadores nos Estados Unidos alega que o lançamento da bomba atômica em Hiroshima conseguiu acelerar o fim da Segunda Guerra e evitar o sacrifício de até 1,2 milhão de soldados americanos que seriam mortos em combates contra os japoneses, que não estavam dispostos a se render. Mas documentos e relatos de reuniões de autoridades do primeiro escalão do governo de Washington indicam tentativas de rendição de Tóquio.

 

 


Na Europa, diplomatas japoneses buscavam, em Berlim, meios de negociar a derrota do Exército imperial da forma "menos vergonhosa possível" e os Estados Unidos, de acordo com relatos de generais americanos, já sabiam que a o Japão estava militarmente derrotado no começo de 1945.
Historiadores confirmam que o então secretário de Guerra dos Estados Unidos, Henry Stimson, teria ignorado pelo menos três recomendações para iniciar as negociações de paz com o Japão feitas pelo governo de Harry Truman. Empossado em abril daquele ano, o novo presidente havia chegado ao cargo após a morte por doença de Franklin Roosevelt.


O mais contundente registro de que o lançamento da bomba em Hiroshima teria sido um ato mais político do que militar está na conversa entre o então general Dwight Eisenhower e o secretário de Guerra. De acordo com documentos, Eisenhower teria dito que o Japão já estava derrotado e o lançamento da bomba fora completamente desnecessário.


"Acho que o nosso país poderia ter evitado o choque da opinião mundial ao usar uma arma cujo uso, penso eu, não era mais mandatório como uma medida para salvar vidas americanas. Era da minha crença de que em algum momento o Japão buscava meios de se render com o mínimo de humilhação possível. O secretário [Stimson] ficou muito perturbado com a minha atitude, quase raivoso, refutando as razões que dei para minhas rápidas conclusões", revelou mais tarde Eisenhower, que viria a ser o presidente seguinte dos Estados Unidos depois de Truman. A declaração está no seu livro "The White House Years: Mandate for Change, 1953-1956" (Os anos na Casa Branca: mandato para a mudança, 1953-1956, numa tradução livre), publicado em Nova York, em 1963.


Apesar das várias versões, a opinião dos historiadores tem um ponto de convergência. A explosão da bomba atômica em Hiroshima foi o estopim que deu início à Guerra Fria. Para alguns pesquisadores, o ataque nuclear americano ao Japão teria como principal objetivo consolidar a força da política externa de Washington e intimidar a União Soviética, que ameaçava avançar sobre os países da Europa Ocidental.


De acordo com o cientista Leo Szilard, do Projeto Manhattan, que desenvolveu as ogivas atômicas, o então secretário de Estado americano, James Byrnes, lhe teria dito que o maior benefício da bomba não tinha sido o seu efeito sobre o Japão, mas sim o seu poder de deixar a União Soviética mais administrável na Europa. Os soviéticos demoraram mais quatro anos para detonar sua primeira ogiva atômica, em 1949, no Cazaquistão. A corrida armamentista acelerou-se e as armas nucleares espalharam-se ao redor do mundo.


De fato, uma corrente considera que a eclosão da bomba atômica foi adotada mais para assustar a União Soviética para um pós-guerra cooperativo com o Ocidente do que para fins militares no Japão, observa Angelo Segrillo, coordenador do Laboratório de Estudos da Ásia da Universidade de São Paulo (USP).


Para essa vertente, o início da Guerra Fria poderia ser datado de 1945 em vez de 1947, com a adoção da doutrina Truman, como é usualmente dito. Mas Segrillo pondera: "Acho que podemos fazer uma síntese das duas posições. Apesar de a vitória sobre o Japão ser mera questão de tempo, o Japão insistia em lutar até o fim. Seria necessária uma invasão com soldados americanos em um arquipélago com muitas ilhas, o que certamente causaria baixas entre os americanos", diz. "Provavelmente, Truman tanto pensou em poupar vidas americanas como queria aproveitar para assustar os soviéticos e mostrar-lhes que não estariam em condição de resistir ao poderio americano caso quisessem voltar à confrontação após o fim da Segunda Guerra. Mas, na minha opinião, seria prematuro colocar o início definitivo da Guerra Fria na época do lançamento das bombas atômicas."


Mas enquanto Washington e Moscou intensificavam a disputa pelo direito de comandar o mundo, em Hiroshima, Tamiko começava a sentir os efeitos da radiação. No terceiro ano do ensino fundamental, uma febre constante de 40 graus e hemorragia interna a obrigaram a ficar internada no hospital da Cruz Vermelha. Ela soltava berros em seu estado de delírio. "O médico suspeitava que eu estava com tifo, mas não conseguiu encontrar nenhuma bactéria que confirmasse a minha doença. A febre alta e a diarreia me fizeram ficar muito fraca e comecei a delirar e a falar em voz alta. A cada momento de delírio, o comentário no hospital era de que a menina dos berros estava viva. Ainda me lembro da expressão de dor da minha mãe ao descrever o que ouvia nos corredores", diz.

 

 


Obrigada a ficar um ano afastada da escola, Tamiko retornou às aulas no quarto ano. Foi quando começou a sofrer bullying de alguns colegas e chegou a abandonar os estudos por um período. Só conseguiu voltar à escola incentivada pela mãe. "Alguns começaram a espalhar que não deveriam se aproximar de mim porque eu havia sido exposta à radiação da bomba atômica. Diziam que as pessoas que ficassem perto de mim também poderiam ficar doentes. Foi nesse momento de rejeição, quando estava prestes a abandonar os estudos, que a minha mãe me ensinou que o mais importante para uma menina era o sorriso. Ela me disse para sorrir e transmitir uma palavra de carinho que o sorriso retornaria para mim."
A situação somente melhorou quando ela foi aprovada num exame e passou a frequentar uma escola particular do ensino médio, onde as colegas não sabiam sobre o seu passado como vítima da bomba atômica. Ali ela pôde participar das atividades escolares e desfrutar a vida acadêmica sem problemas.


Mas o seu segredo seria mantido mesmo dentro de sua futura família. Na época era comum os pais se posicionarem contra o casamento dos filhos com as vítimas da bomba atômica. Temia-se que as sequelas da radiação pudessem afetar os descendentes. Registros japoneses confirmam vários casos de casais que foram impedidos de contrair matrimônio. Alguns tentaram o suicídio. Tamiko casou-se aos 21 anos, mas escondeu por anos a sua condição de "hibakusha". Mãe de um casal de filhos, teve o primogênito prematuro, o que a levou a se culpar, em silêncio, pela frágil saúde do menino.


"Não pude contar ao meu marido que eu era uma sobrevivente da bomba atômica. Nosso filho nasceu um ano depois do casamento. Era uma criança muito fraca. Não fui capaz de revelar sobre o meu passado até o nosso filho completar 13 anos. Vivia me culpando. Acreditava que a saúde dele era fraca por minha causa. Sobreviver ao ataque de uma bomba atômica não se trata de uma experiência que se limita somente ao momento da explosão. É um fardo que se carrega por anos e anos."


Dois anos antes de se mudar para São Paulo, Takashi Morita teve uma leucemia, o que é também atribuído à sua exposição à radiação. Setenta anos depois, os rastros da bomba atômica ainda ameaçam a saúde de sobreviventes. Mas, para os sobreviventes que moram fora do Japão, a situação é mais complicada. Durante anos, a associação comandada por Morita reivindicou o direito à ajuda de custo para saúde. Em 2006, passaram a receber em torno de US$ 300 por mês. "Era importante ter o reconhecimento do governo", diz Yassuko Saito.


Depois de 70 anos da destruição causada pela bomba atômica, Hiroshima, com uma população de 1,2 milhão de habitantes, se orgulha de ter ressurgido das cinzas. Com a ajuda do governo nacional, a fábrica Toyo Kogyo, que produzia armamentos para o Exército imperial, começou a fabricar um veículo de três rodas. Barato, o novo produto virou um fenômeno de vendas na devastada economia japonesa. A empresa transformou-se no que hoje é a Mazda. A montadora, a sexta maior do Japão, serviu de base para aquecer a economia local, chegando a desenvolver motor com tecnologia própria.


A entrevista com Tamiko termina com um pedido para que os brasileiros, mesmo distantes dos acontecimentos de Hiroshima, vivam em paz, respeitando os valores da família por meio de pequenos gestos. "É importante buscar a paz dentro de casa. Basta um sorriso. São as pequenas coisas que evitam os problemas. Não briguem. Não vale a pena", aconselha

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