Feira livre: preços dos alimentos in natura cederam em maio
A inflação oficial medida pelo IBGE desacelerou para 0,13% em maio, frente aos 0,57% que haviam sido registrados em abril. O resultado é o menor para o mês desde 2006, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,10%.
No acumulado em 12 meses, o IPCA também cedeu para 4,66%. As previsões da Bloomberg apontavam uma variação de 0,20%, em maio, e de 4,73%, no acumulado em 12 meses. Os dados foram divulgados pelo instituto na manhã desta sexta-feira.
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As projeções do mais recente Boletim Focus, do Banco Central (BC), indicam que o IPCA vai encerrar o ano em 4,03%. A meta perseguida pelo BC este ano é de 4,25%.
A desaceleração dos preços em maio é resultado de uma deflação de 0,56% nos preços dos alimentos, que haviam subido 0,63% no mês anterior. Os alimentos consumidos em casa caíram ainda mais, 0,89% em maio.
O tomate, após alta de 28% em abril caiu 15,08%, o feijão-carioca voltou a ter deflação, desta vez de 13,04%. Os preços das frutas também recuaram mais intensamente em maio: 2,87%. Por outro lado, o leite longa vida teve alta de 2,37%. Os preços dos alimentos consumidos fora de casa ficaram praticamente estáveis, +0,03%.
Já a gasolina, com uma alta de 2,6%, é responsável por 0,11 pontos percentuais do resultado total do IPCA em maio. O etanol caiu 0,44% e o diesel subiu 2,16%. A energia elétrica também teve alta considerável, de 2,18% no mês.
O gás de botijão teve alta de 1,35% devido ao reajuste médio de 3,43%, autorizado pela Petrobras, nas refinarias, a partir de 5 de maio.
Além dos alimentos, também tiveram deflação os artigos de residência (-0,1%), serviços de educação (-0.04%) e de comunicação (-0.03%).
Inflação dos mais pobres desacelera
A inflação oficial das famílias mais pobres (que ganham de 1 a 5 salários mínimos, ou seja, de R$ 998 a R$ 4.990)) — medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — desacelerou para 0,15% em maio, informou o IBGE. É o menor resultado para o mês desde 2006, quando os preços haviam subido apenas 0,13%, em relação ao mês anterior.
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Essa desaceleração foi puxada pelos preços dos alimentos, que tiveram deflação de 0,59% em maio, depois de terem crescido 0,64% em abril. Os preços dos produtos não alimentícios tiveram alta de 0,48%, menor que os 0,58% registrados em abril.
No Rio, a inflação dessas famílias, o INPC ficou em 0,06%, e em 12 meses acumula alta de 5,04%.
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