Jovem que acusa atacante da seleção brasileira de futebol de estupro irá depor nesta sexta-feira em São Paulo
Um dia após assumir a defesa da mulher que acusou o atacante Neymar de estupro, o advogado Danilo Garcia de Andrade disse que ainda não recebeu da suposta vítima um vídeo de sete minutos que seria a principal evidência contra o atacante da seleção brasileira de futebol. Segundo Andrade, sua cliente afirou que o vídeo está guardado em um local seguro.
O advogado também disse que a mulher afirmou que tem sido vítima de ameaças. Em um desses casos, teria recebido uma ligação de "um grande criminalista" que teria lhe dito que a colocaria na prisão. Andrade, no entanto, disse que cabe à suposta vítima registrar essas ameaças na delegacia. O nome do suposto criminalista não foi revelado.
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Nesta quinta-feira, em reunião com a delegada Juliana Lopes Bussacos , que comanda o inquérito, Danilo Garcia de Andrade teve acesso aos documentos do caso, que incluem um vídeo , o mesmo divulgado na noite desta quarta-feira nas redes sociais. Além disso, também entregou uma declaração da jovem, com um relato sobre o episódio de agressão em um hotel de luxo em Paris.
— Eu pedi para ela o vídeo. Ela me disse que não estava mais em posse dela. Que ela traria esse vídeo porque está guardado em local seguro. Eu não era o advogado, acabei de ver o inquérito — disse o advogado, comentado a conversa que teve com sua cliente.
Nesta quinta-feira, a defesa da suposta vítima também disse que o apartamento onde ela morava, no bairro de Santo Amaro, teria sido arrombado. O dono do imóvel, no entanto, contestou essa versão . Um vídeo feito no local mostraria que a porta apenas estaria destrancada, o que seria recorrente.
Danilo Garcia de Andrade contou que, até o momento, teve acesso às fotos das lesões da suposta vítima que fazem parte do laudo médico entregue à Polícia e também de trocas de conversas entre a mulher que teria sido estuprada por Neymar e amigas, nas quais ela relata as agressões.
Para ele, a ausência de provas mais contundentes não é um impedimento para a realização do depoimento nesta sexta-feira, às 11 horas.
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— A defesa dela não se resume a amanhã, é um continuado — afirmou.
Além dela, uma funcionária da suposta vítima também prestará depoimento à Polícia nesta sexta-feira. O delegado também esclareceu que embora ele ficará responsável pela área criminal, a advogada Yasmin Abdalla, que era a única advogada do caso antes de sua entrada, continuará na equipe.
O Globo