27 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
29/06/2018

Naufrágio na costa da Líbia deixa mais de 100 desaparecidos e três bebês mortos

Foto: Mahmud Turkia / AFP

Guarda Costeira conseguiu resgatar 16 pessoas que foram levadas à terra firme

Os corpos de três bebês foram resgatados e mais de 100 pessoas estão desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação de imigrantes ao longo da costa da Líbia nesta sexta-feira, informaram sobreviventes e membros da Guarda Costeira local.


Cerca de 120 imigrantes estavam a bordo de um bote inflável, no momento do naufrágio ocorrido a 6 quilômetros da costa líbia, disseram sobreviventes levados para a região de Al-Hmidiya, 25 quilômetros a leste da capital, Trípoli. Na operação, 16 pessoas foram resgatadas.

 

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A embarcação zarpou de madrugada da cidade costeira líbia de Garabulli, 50 quilômetros ao leste de Trípoli, relataram sobreviventes. Algumas horas mais tarde, houve uma explosão a bordo, e o motor pegou fogo. A embarcação começou a arder em chamas, e os migrantes tentaram se proteger, concentrando-se em um dos lados da embarcação. Segundo agentes da Guarda Costeira, eles foram localizados por pescadores, que alertaram a Marinha.

 

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Testemunhas disseram que várias famílias marroquinas estavam a bordo, assim como iemenitas. Entre os desaparecidos, estão dois bebês e três crianças de 4 a 12 anos, e entre 10 a 15 mulheres.

 

Voluntário dá assistência a sobreviventes de naufrágio

na costa líbia (Foto: Mahmud Turkia / AFP)


Paralelamente, a Guarda Costeira disse que interceptou 200 migrantes que estavam em outros dois barcos a leste de Trípoli.


A Líbia é um dos principais pontos de partida de migrantes que tentam chegar à Europa pelo mar, normalmente em barcos infláveis ou improvisados fornecidos por traficantes que costumam furar ou quebrar na travessia.


Algumas embarcações conseguem chegar a águas internacionais, onde esperam ser resgatados por navios mercantes ou de ajuda humanitária, mas há um número crescente de interceptações feitas pela Guarda Costeira da Líbia, que recebe apoio financeiro dos países europeus.
 

As viagens aumentaram a partir de 2014, com a deterioração da situação na Líbia, onde diferentes grupos armados disputam o poder desde a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011. Mais de 650 mil migrantes cruzaram o Mediterrâneo a partir da Líbia desde então, em direção à Itália. No entanto, o fluxo desacelerou desde julho passado, quando redes de tráfico foram parcialmente interrompidas pela Líbia, sob forte pressão italianaa.


Este ano, cerca de 11.400 chegadas da Líbia foram registradas pelo Ministério do Interior da Itália, pouco mais de 80% a menos do que no mesmo período em 2016 e 2017.


Organizações humanitárias e de direitos humanos condenam o apoio europeu à Guarda Costeira líbia, por considerar que o país não é um "porto seguro" para os migrantes resgatados no mar. Investigações de organizações independentes e da ONU mostraram que, na Líbia, os migrantes de outros países africanos são explorados por traficantes de pessoas, submetidos a trabalhos forçados, a cárcere privado e à violência, inclusive sexual.


O Globo

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