26 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Curiosidade
11/12/2016

O que acontece com o corpo humano que é doado para a ciência estudar? Confira!

Foto: Getty/iStock

Corpo doado é usado para ensinamentos de membros da área de saúde e para pesquisa

Você pode não saber, mas entre os gestos altruístas no momento de sua morte está um ainda pouco difundido no Brasil: doar o corpo para a ciência e para a formação de futuros médicos em universidades país afora.

 

A ação, por sinal, é estimulada pelas instituições, que dizem ter poucos interessados. Aqui, explicamos o que acontecerá com seu corpo nesta situação.

 

A primeira coisa é que você vai ficar preservado por muito mais tempo do que você imagina. Sério: muito mais. A responsável por isso é uma mistura de produtos que normalmente são aplicados no corpo. Há vários tipos de soluções para se manter o corpo preservado, mas no Brasil a mais comum envolve formol, como na USP (Universidade de São Paulo) e na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

 

Resultado de imagem para corpo humano no formol

 

Há ainda a possibilidade de ficar em um necrotério com geladeira ou não, dependendo da instituição – o da Santa Casa tem geladeira e o da USP não, sendo aplicado glicerina no indivíduo. O refrigerador, contudo, não interfere na preservação do corpo, já que a solução de formol e glicerina é muito mais importante para isso.

 

Algumas coisas em você mudarão neste período. As soluções de formol deixarão sua pele com um tom diferente, entre o castanho e o marrom. A flexibilidade também é outra área afetada. Ambas as coisas não atrapalham o uso do corpo por alunos ou cientistas.

 

Resultado de imagem para corpo humano no formol


"Se a gente está trabalhando com corpo humano, precisa conhecer ele. A forma mais próxima disso é com um morto. Apesar de termos muitas tecnologias, nenhuma substitui o cadáver. Os materiais são todos iguais, e ser humano não. Há um mais alto, mais baixo, cada um tem um tamanho de estômago", diz a professora Thelma Parada, coordenadora do Programa de Doação Voluntária de Corpos do ICB/USP.

 

O uso do corpo


O corpo doado será usado por profissionais de saúde das mais diferentes especialidades – desde um enfermeiro a um futuro cirurgião. Nas aulas, será utilizado conforma a necessidade – em algumas instituições, pode até ser dividido em algumas partes. O anonimato do doador é garantido – as condições de vida da pessoa, contudo, são importantes para a pesquisa e as aulas.

 

Resultado de imagem para corpo humano no formol

Fotos: Reprodução / Internet

 

"O professor que estiver usando se quiser tem acesso a todos os dados. Isso é importante. São usados tanto para as aulas de graduação quanto de pós", conta Thelma, da USP. "Em uma aula de graduação, há anonimato, é só um corpo. Mas na pesquisa, não o nome em si, mas do que morreu, a idade, tudo importa muito", explica Mirna, da Santa Casa.

 

No corpo, são realizadas instruções de professores para futuros membros da comunidade da saúde na graduação – na pós, ocorre a realização de pesquisas. As dissecações são realizadas de acordo com a necessidade da aula – abre-se para ver o coração, pulmão, estômago e demais órgãos.

 

Como doar?


Por ser um gesto de grande altruísmo e até pouco difundido no Brasil, a doação de corpos é bastante valorizada pelas faculdades. A Santa Casa, por exemplo, costuma realizar missas em memórias dos doadores. Nestes eventos, toda a comunidade da faculdade comparece para prestar respeito a estes doadores – as famílias dos doadores também são convidadas.

 

Para doar, o interessado primeiro precisa entrar em contato com a instituição beneficiária – a USP diz ter "cada vez mais doadores", enquanto a Santa Casa clama pela necessidade de mais doadores, como outras instituições nacionais. O processo, contudo, é diferente em regiões diversas do Brasil.

 

Tecnologia nenhuma substitui o conhecimento de um médico com

corpo humano(Foto: Getty/iStock)


"No Brasil existe uma legislação que não são todos que conhecem, por isso a cultura de doar corpos não é muito difundida e o número é muito pequeno diante da necessidade para estudo e pesquisa. Existem Estados em que eles próprios centralizam a doação de corpos, como no Rio Grande do Sul e Nordeste. Aí a documentação vai para esse centro, que depois recebe o corpo e vai distribuir conforme necessidades de instituições. Em São Paulo, tem que ser direto na instituição", explica Barros.

 

O processo tem que ser feito, obviamente, enquanto o doador está vivo – um familiar não pode decidir doar o corpo de um parente após a morte dele. O interessado terá que preencher formulários normalmente dispostos em sites de faculdades, reconhecer firma e levar ou para o centro de sua cidade ou a instituição desejada.

 

Resultado de imagem para corpo humano no formol

Foto: Reprodução / Internet

 

As instituições não discriminam o estado do corpo após a morte – podem até receber até apenas um órgão ou uma parte amputada, como uma mão. É vital ainda avisar os familiares de sua vontade para eles saberem o que fazer após sua morte – o parente, contudo, não é obrigado a cumprir essa intenção. Os procedimentos como velório são realizados normalmente – o corpo só seguirá para a instituição de doação em vez do cemitério.

 

Uol

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.