26 de Abril de 2024 - Ano 10
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24/03/2019

Olavo de Carvalho e Malafaia travam guerra conservadora nas redes sociais

Foto: Reprodução

Líder evangélico e guru do governo Bolsonaro começaram a discutir por meio de mensagens publicadas no Twitter e no Facebook

Dois líderes influenciadores do governo estão em pé de guerra neste fim de semana. E tudo começou com uma declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, a respeito de quem, segundo ele, havia impulsionado a vitória do seu pai nas eleições de 2018.

 

Para Eduardo, o filósofo Olavo de Carvalho foi o principal influenciador dos apoiadores de Bolsonaro, mas não é isso o que pensa o pastor Silas Malafaia.


"[Eduardo Bolsonaro] Perde a oportunidade de ficar de boca fechada. É simplesmente ridículo. Aprenda a respeitar seus aliados e deixe de bajular guru", escreveu Silas Malafaia, na última segunda-feira, 18.

 

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Malafaia é líder evangélico, um dos grupos que mais apoiaram Bolsonaro quando ele ainda era presidenciável. Porém, Olavo de Carvalho é popularmente chamado de "guru de Bolsonaro" e seus seguidores também são apoiadores do governo.


Em resposta, Olavo publicou ontem uma mensagem no seu Facebook, direcionada a Malafaia , dizendo que as igrejas evangélicas demoraram para começar a atuar na luta contra o PT. "Pelo menos até 2009 ainda se davam muito bem com o partido governante", escreveu Olavo. "Nesse ano Lula em pessoa oficializou em lei a Marcha Para Jesus. Será que o senhor já esqueceu?", perguntou.

 


A pergunta não ficou sem resposta. E, hoje, o pastor evangélico reagiu à mensagem com uma série de tweets. Nas mensagens, Malafaia ataca o filósofo, a quem chama de "astrólogo", e afirma que votou em Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tanto nas eleições de 1994, quanto em 1998. Além disso, o pastor assumiu que apoiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 "pela crença de que ele poderia resgatar o Brasil da miséria", mas garantiu que não se posicionou a favor de petistas desde então.

 


"O apoio a Lula não foi pelo víeis ideológico, mas pela crença que ele poderia resgatar o Brasil da miséria. Na primeira eleição de Lula, a maioria da liderança evangélica não o apoiou", escreveu Silas Malafaia. "Olavo estava em um rancho nos EUA, eu e Bolsonaro tomando pancada do ativismo gay", relatou Silas.

 

"Ficar dando piruada escondido nos EUA, é mole! Aqui fui ameaçado, até hoje respondo processo por defender convicções que Bolsonaro também defende. O meu caso de acusação de homofobia está no STF", continuou.


Por fim, o pastor afirmou que a "influência de Olavo na eleição de Bolsonaro é quase zero" e disse que há muitas pessoas do mundo evangélico "enganadas" pelo filósofo.


"Como tem gente enganada no mundo evangélico com esse sujeito. Dizer que nós só chegamos agora para defender esses princípios ideológicos, é rasgar a história, nossas crenças e valores. Bolsonaro reconhece o papel fundamental dos evangélicos", afirmou.

 


Por sua vez, Olavo publicou, ainda hoje e antes dos comentários de Malafaia, acerca de um "medidor de bolsonarismo", para "separar as ovelhas dos bodes", sugerindo que nem todos os que dizem apoiar o governo estão realmente no lado de Bolsonaro.

 

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"O presidente disse que o grande objetivo da sua vida e do seu governo é eliminar e ideologia esquerdista. Quantos dos seus pretensos aliados têm a mesma prioridade, e quantos lutam por objetivos totalmente diferentes, nada concedendo à meta presidencial?", escreveu Olavo de Carvalho . "Não está na hora de fazermos um MEDIDOR DE BOLSONARISMO para separar as ovelhas dos bodes?", escreveu.

 

iG

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