26 de Abril de 2024 - Ano 10
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19/04/2018

Onda de calor provoca mortes em massa na Grande Barreira de Corais

Foto: Divulgação/Universidade James Cook

Fenômeno registrado em 2016 afetou principalmente região norte do ecossistema

Um estudo publicado on-line esta semana na revista "Nature" mostra que os corais na porção norte da Grande Barreira de Corais sofreram uma morte catastrófica após a extensa onda de calor que atingiu a região em 2016.

 

— Quando os corais perdem a cor após uma onda de calor (um fenômeno conhecido como branqueamento), eles podem sobreviver e recuperar lentamente sua tonalidade à medida que a temperatura cai. Ou, então, podem morrer. Em média, em toda a Grande Barreira de Corais, perdemos 30% deles no período de nove meses entre março e novembro de 2016 — disse Terry Hughes, diretor do Centro de Excelência ARC para Estudos de Recifes de Coral da Universidade James Cook, na Austrália.

 

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Os cientistas mapearam o padrão geográfico de exposição ao calor dos satélites e mediram a sobrevivência dos corais ao longo dos 2.300 km de extensão da Grande Barreira de Corais após a onda de calor extremo registrada no oceano em 2016.

 

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O índice de morte de corais estava intimamente ligado à quantidade de branqueamento e ao nível de exposição ao calor. A porção norte da Grande Barreira de Corais foi a mais severamente afetada. O estudo constatou que 29% dos 3.863 recifes perderam dois terços ou mais de seus corais, prejudicando sua integridade ecológica.

 

— A morte de corais causou grandes mudanças na distribuição de espécies em centenas de recifes, onde comunidades maduras e diversificadas estão sendo degradadas — disse o coautor do estudo, Andrew Baird, também da Universidade James Cook.

 

 

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa), a Grande Barreira de Corais sofreu novo estresse térmico no ano passado, desta vez afetando sua região central.

 

— Mas ainda temos um bilhão ou mais de corais vivos e, em média, eles são mais duros do que os que morreram — assinala Hughes. — Precisamos nos concentrar urgentemente em sua recuperação.

 

Para os cientistas, o artigo reforça a necessidade de avaliar o risco de um colapso em larga escala dos recifes, especialmente se o aumento da temperatura global superar o patamar de 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais.

 

O Globo

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