O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) não vai apoiar Amazonino Mendes, governador-tampão do Amazonas, no segundo turno da disputa eleitoral contra o jornalista Wilson Lima.
Mal terminou a apuração do primeiro turno, o candidato à reeleição declarou apoio ao capitão reformado na esperança de pegar carona no favoritismo do militar já que as pesquisas de opinião indicam larga vantagem do jornalista sobre o velho cacique de quase oitenta anos de idade.
A esperteza política do governador-tampão não foi bem vista pela cúpula partidária do PDT e foi solenemente ignorada pelo presidenciável.
O PSL ficará neutro nas disputas estaduais onde o candidato não for do partido liderado pelo capitão Bolsonaro.
Diante da negativa do presidenciável e do péssimo desempenho de Amazonino nas pesquisas, o ambiente de pânico nos domínios da mansão do Tarumã é visível e a irritação do velho caudilho anda em alta rotação.
Não bastassem as dificuldades, a Operação Cashback, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta feira (11), com a prisão de empresários, advogados e operadores do maior esquema de corrupção nos recursos públicos destinados à Saúde, caiu como uma bomba na campanha do governador-tampão, que é a continuidade do governo José Melo onde a roubalheira dos recursos públicos atingiu o seu auge.
O empresário Sérgio Bringel, que até hoje mantém contratos milionários com o governo de Amazonino Mendes, poderá ser o delator que o Ministério Público Federal sonha, e se isso vier a ocorrer, irá sepultar de vez o desejo do pedetista em se manter com as chaves do cofre do palácio da Compensa por mais quatro anos.
É provável que antes do segundo turno uma nova operação policial chegue aos domínios do poder e aos familiares de muita gente graúda ligada historicamente a Amazonino Mendes.
Prisões, apreensão de grandes valores, joias, veículos de luxo e indisponibilidade de imóveis dos integrantes da quadrilha será o tiro de misericórdia no grupo politico que há mais de trinta anos saqueia o Amazonas. (AZ)