Estatal adotou política de reajuste para acompanhar cotação internacional
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta segunda-feira que a companhia não tem “poder de formar o preço” da gasolina.
Questionado sobre as críticas à metodologia de reajuste dos valores do combustível, que oscilam conforme o mercado internacional, ele afirmou que a estatal não pode adotar um critério apenas para atender o interesse dos consumidores, sem observar as variações do mundiais.
— Não temos o poder de formar preços. (O petróleo) é uma commodity internacional que tem sua formação de preço pelo mercado. A Petrobras não pode correr o risco de impor distorções em seu balanço praticando preços diferentes da realidade internacional. Não podemos fazer isso — disse, após participar de reuniões no Ministério de Minas e Energia.
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Desde julho de 2017, a Petrobras adotou a política de reajustes quase diários do preço do combustível para acompanhar a cotação do mercado internacional. Segundo Parente, o preço praticado pela Petrobras nas refinarias representa um terço do valor final que é aplicado aos consumidores:
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— O preço que a Petrobras cobra na refinaria é em média um terço do preço cobrado do consumidor, então o problema certamente não está no um terço. O um terço é minoria no valor total. Certamente, eu diria que o problema não é a Petrobras.
O presidente da Petrobras voltou a defender a política de reajuste adotada pela Petrobras e afirmou que, como gestor, ele não poderia fazer de uma forma diferente.
— Não é uma possibilidade nossa, de um ato de voluntarismo, dizer: “Apesar do mercado mundial dizer que o preço é esse eu vou fazer um preço diferente”. Não podemos fazer isso. Isso é uma questão de responsabilidade nossa como administradores da empresa — disse o presidente da Petrobras.
O presidente da Petrobras disse que veio a Brasília para discutir com o governo a renovação do Conselho de Administração da estatal. Ele afirmou que o mandato dos atuais conselheiros vence em abril e que “está próxima” a data de realização da assembleia geral de acionistas que elegerá os novos membros. Segundo Parente, as mudanças serão poucas. Uma das alterações, afirmou, será na vaga destinada ao representante dos empregados, na qual a titular não demonstrou interesse em continuar no colegiado.
O mandato de Pedro Parente como presidente da Petrobras vai até abril de 2019. Ele também precisa ser formalmente renovado no Conselho de Administração pelo mesmo período.
O Globo