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Plantão Policial
24/02/2017

Secretaria de segurança apresenta acusado de atear fogo em ônibus e diz que ato não tem nada a ver com crime organizado

Foto: Divulgação

Wilson Soares assumiu a culpa e disse que não é ligado a nenhuma facção criminosa

O manobrista desempregado Wilson Soares da Silva foi apresentado nesta sexta-feira, 24, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), como um dos envolvidos em atos de vandalismo praticados por um grupo de pessoas que atearam fogo em vários ônibus do Sistema de Transporte Coletivo, nesta quinta-feira (23).

 

O secretário Sérgio Fontes disse, em entrevista coletiva na sede da SSP-AM, que investigações iniciais sobre os ataques de vandalismo aos ônibus do transporte público apontam que as ações foram planejadas.

 

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Ele destacou a atuação das polícias Civil e Militar como fundamentais para garantir a ordem na cidade e evitar novos ataques e depredações de usuários revoltados com a paralisação da frota do transporte público. "Fatos como este são acompanhados em tempo real no colegiado de crise e as respostas são sempre imediatas", afirmou.

 

Secretário Fontes, delegado-geral Frederico Mendes e

outros membros da cúpula da seguraná pública durante

entrevista coleitva na sede da SSP-AM (Foto: Divulgação) 

 

Segundo ele, o motorista preso afirmou ter ateado fogo no ônibus por estar desempregado e não concordar com o aumento da tarifa. 

 

De acordo com Sérgio Fontes, as investigações não apontam ligação do crime organizado com as ações de vandalismo. “Tudo indica que os ataques foram orquestrados e planejados, sempre nos mesmos horários, o que nos leva a crer que foram combinados, mas vamos chegar a todos os envolvidos”, comenta.



Ele considerou a paralisação dos ônibus pelos empresários precipitada por não avaliarem os riscos de revolta da própria população. “O Sistema de Segurança não foi procurado por nenhuma empresa ou pelo sindicato patronal para pedir apoio policial, o que iria garantir que os ônibus continuassem a trafegar, e com a falta dos ônibus é natural que a população ficasse revoltada", disse.

 

Wilson disse que ateou fogo em ônibus por não concordar

com o reajuste da tarifa de ônibus (Foto: Divulgação)



O comandante-geral da Polícia Militar, coronel David Brandão, destacou que a tropa especializada foi acionada para conter a revolta de usuários pela paralisação da frota. "Foi graças à atuação dos policiais que não houve mais depredação, pois os usuários estavam revoltados pela ausência de ônibus e não por falta de segurança”, des Brandão.

 

As investigações apontam que ele não agiu sozinho, de acordo com o delegado-geral do Amazonas, Frederico Mendes. 

 

Segundo ele, a polícia vai investigar se a ação cometida por Wilson tem ligações com as outras ocorrências. "Uma força-tarefa coordenada pela DRCO vai conduzir as investigações. 

 

Os atos de vandalismo cometidos ontem serão investigados. Vamos apurar se eles têm ligação com pessoas do setor, até mesmo porque o preso se contradiz sobre a motivação que ele teve para tentar atear fogo em um ônibus, ressalta Mendes. 

 

O secretário destacou ainda a agilidade das polícias Civil e Militar na ocorrência. “A PM atuou rapidamente e conseguiu conter às manifestações. E a Policia Civil iniciando as investigações logo após o fato, garantindo a prisão do suspeito, que esperamos que fique preso, pois ele tem muito o que falar sobre o ocorrido", disse. 

 

Na manhã de hoje, Sérgio Fontes também foi procurado pelo prefeito em Exercício, Marcos Rota, e informou as providências adotadas de imediato pelo órgãos do Sistema de Segurança.

 

As câmeras de segurança dos locais onde foram registradas as ocorrências gravaram cenas em que envolvidos aparecem jogando gasolina e ateando fogo em ônibus, depois que os passageiros, motoristas e cobradores foram obrigados a descer dos veículos.

 

Essas imagens estão com a polícia, de acordo com o secretário de Segurança, e outros envolvidos, além do manobrista preso, podem ser presos e indiciados dentro das próximas horas.

 

À imprensa, Wilson Soares contou que foi funcionário da empresa Via Verde, na função de operador, e que está desempregado há seis meses, passando necessidade com a família.

 

“Por isso eu me revoltei e num momento de loucura ateei fogo no ônibus. Mas não tem nada a ver com crime organizado ou ato terrorista”, finalizou

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