Plenário vai decidir se é possível um ministro derrubar a decisão de outro
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta quarta-feira o pedido de habeas corpus do deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP). Maluf está atualmente em prisão domiciliar por determinação do ministro Dias Toffoli.
Agora, o plenário vai definir se mantém ou revoga essa decisão. Já a ação penal que levou à condenação e prisão de Maluf é relatada pelo ministro Edson Fachin, que vinha negando recursos da defesa. Como as decisões dos dois ministros eram divergentes, o plenário terá a oportunidade de dar um ponto final à questão.
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Antes de julgar o mérito do pedido de Maluf, os ministros terão que decidir uma questão preliminar: se é possível um ministro, em habeas corpus, derrubar a decisão de outro. Em 28 de março, ao atender o pedido da defesa, Toffoli destacou que não é praxe revogar decisões de outros ministros, mas ressaltou que, nesse caso, seria perigoso demorar em tomar uma decisão, em razão dos problemas de saúde do deputado afastado.
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Hoje, pela jurisprudência do Supremo, não é possível impetrar uma liminar no STF contra decisão individual de integrante da Corte.
Maluf foi condenado pelo STF a sete anos e nove meses de prisão, em maio de 2017, pelo crime de lavagem de dinheiro referente a atos praticados durante sua gestão à frente da prefeitura de São Paulo, entre 1993 e 1996. A condenação do deputado diz respeito à tentativa de ocultar dinheiro proveniente de um desvio de US$ 15 milhões na construção da avenida Água Espraiada na capital paulista. Em dezembro, Fachin rejeitou um recurso e determinou a execução da pena.
O Globo