Em entrevista concedida em Buenos Aires, onde participa da Cúpula do G20, à Voice of America, Trump disse que tem conhecimento sobre os investimentos que a China está fazendo nos países da América Latina e em outras regiões do mundo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou a importância da influência política e econômica da China sobre a América Latina, ao afirmar que o país tem um problema com sua dívida e prevê que os investimentos feitos por Pequim na região não irão funcionar.
Em entrevista concedida em Buenos Aires, onde participa da Cúpula do G20, à Voice of America, Trump disse que tem conhecimento sobre os investimentos que a China está fazendo nos países da América Latina e em outras regiões do mundo.
"Eu sei [dos investimentos], mas eles têm um problema de dívida e têm que pagar por essa dívida. Estão gastando uma quantidade tremenda de dinheiro", afirmou Trump.
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"Se gosto [que eles invistam tanto na América Latina]? Provavelmente não, mas também sei que isso é muito caro para eles. E, em muitos lugares, as coisas não vão funcionar", analisou.
Alianças econômicas
Nos últimos anos, a China liderou uma estratégia para aumentar sua influência global em blocos estratégicos, como África, América Latina e Oriente Médio. A tática é fortalecer a presença do país nas regiões por meio de alianças essencialmente econômicas, mas também, em alguns casos, parcerias políticas e militares.
No fim de 2017, a China acumulava uma dívida de 29,95 trilhões de iaunes (US$ 4,73 trilhões), o que representa 36,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Trump se reunirá amanhã com o presidente da China, Xi Jinping, um encontro muito esperado devido à possibilidade de os dois fecharem um acordo para acabar com a guerra comercial entre os países.
"Ele é um amigo meu, um bom homem, mas temos uma pequena disputa. Eles têm se aproveitado do nosso país durante muitos anos e eu não vou deixar que isso ocorra mais", ressaltou Trump na entrevista.
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Mais cedo, Trump mostrou otimismo sobre a possibilidade de fechar um acordo com Xi na reunião de amanhã, mas na entrevista à "Voice of America" voltou a adotar um tom de ameaça contra a China, sugerindo que pode dobrar as atuais taxas impostas à importação de produtos chineses.
Agência Brasil