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03/02/2018

Vivi Araújo lembra fase tapa-sexo e diz que curtia 'peito de fora'

Foto: Marcelo Tabach / Ed. Globo

Viviane Araújo: "sou grata por tudo"

Viviane Araújo ainda não tinha completado 3 anos quando teve seu primeiro contato com o Carnaval, na forma de um LP com os sambas-enredos das escolas que desfilariam no Rio lá em 1978.

 

Na capa, uma baiana de sorriso contagiante, e, na vitrolinha da casa onde a atriz e modelo cresceu, em Jacarepaguá, o ritmo favorito de seu pai, Jocenir Araújo, um apaixonado por samba. “Todo final de ano ele comprava o álbum.

 

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Meu pai curtia demais Carnaval, me acompanhava aos ensaios, me levava aos barracões”, lembra Viviane, que, hoje, aos 42 anos, brilha há mais de uma década à frente da Furiosa, a premiada bateria do Salgueiro. E não só na vermelho e branco da Zona Norte carioca: Vivi já virou um ícone do Carnaval, e é, frequentemente, chamada de “rainha das rainhas”, título que ela aceita, mas não concorda.

 

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“Fico feliz e orgulhosa de me reconhecerem como rainha das rainhas, mas não me vejo assim", afirma a atriz, em ensaio de capa na Marina da Glória, Rio." Acho que essa ideia vem da minha história no Carnaval, que é a minha vida. Me deixa viva, é uma paixão, uma religião”, assume ela, que também ocupa o cargo na Mancha Verde de São Paulo.

 

 


Na folia deste ano, Viviane vai somar mais uma coroa à sua coleção, a de rainha do Camarote QUEM O Globo na Sapucaí. “Fiquei surpresa e mega feliz de ser convidada. Lisonjeada mesmo”, diz ela, que jamais pensou em fazer parte do mundo do samba. “Eu não fui aquela criança que queria ‘ah, vou ser isso’.

 

Sabia que queria estudar, mas não pensava muito”, conta Viviane, que, pequena, curtia os desfiles pela TV e gostava muito da Mangueira. Foi através de um amigo de Jocenir, que era policial e morreu em 2013, que ela fez seu primeiro desfile, na Império da Tijuca. De lá para cá, já se vão 23 anos de uma trajetória que colocou, sim, Vivi no panteão do Carnaval – e das grandes rainhas de bateria, segundo quem entende do assunto.

 

 


“Podemos comparar Viviane às grandes rainhas do Carnaval carioca, que são Adele Fátima e Monique Evans, nos anos 80, e Luma de Oliveira, na década de 90, quando também tivemos Luiza Brunet. Da metade dos anos 2000 para cá, só deu Viviane”, diz Fábio Fabato, jornalista, pesquisador de Carnaval e autor de livros sobre o tema. “Para algumas rainhas, participar da rotina de uma escola de samba representa um fardo.

 

Vivi gosta justamente desse dia a dia. Ela não está ali buscando os holofotes que toda escola tem em fevereiro. O envolvimento dela é orgânico, e isso passa verdade ao público. Ser rainha de bateria envolve sambar, ser representante dos ritmistas e ter certo carisma. E ninguém consegue equilíbrio maior que ela. Viviane hoje é imbatível”, afirma Fábio.

 

 


Regina Celi, presidente do Salgueiro, que desfila na segunda, 12 de fevereiro, também é só elogios para sua rainha. “Ela é linda, tem carisma, a comunidade gosta dela. Viviane não faz um personagem”, diz. “Ela é autêntica, é sambista, uma bela mulher e bela rainha. Faz parte da família (salgueirense) e família a gente quer perto”, completa.

 

O sentimento é recíproco. Vivi tinha sido rainha da Mocidade antes de chegar ao Salgueiro. “Passei por várias escolas, mas depois que veio o Salgueiro na minha vida... Ele veio para eu realmente deixar meu nome marcado na história do Carnaval, na Marquês de Sapucaí. Sabe quando você tem um casamento perfeito? É o Salgueiro. Me encontrei ali. Encontrei a metade”, explica a atriz.

 

E, assim como a comunidade curte Viviane nos ensaios, ela também não abre mão de participar das atividades. “O que eu mais gosto nessa época são mesmo os ensaios de quadra ou de rua. Eu faço questão de estar presente, só não vou quando não dá mesmo. Gosto de ver a criançada em volta, as meninas querendo me imitar”, conta ela, que, por sua vez, admirava Monique, Luma, Luiza, e exalta personalidades do samba como Milton Cunha.

 

 


Na hora do desfile, Viviane é concentração e adrenalina. Medo de cair na avenida ela não tem – até porque já caiu duas vezes. “Uma foi na época da Mocidade. Estava quase chegando na dispersão e escorreguei em um strass que soltou da sandália. A outra foi no Sábado das Campeãs, na hora de sair do recuo da bateria. Mas levantei tão rápido que parecia um passo”, conta Vivi. Na Sapucaí, a preocupação dela é outra: o andamento da escola. “Olho direto para Mestre Marcão para ver se a bateria está andando. Se ficar muito tempo parada, já acho que está acontecendo alguma coisa”, confessa. “Eu me preocupo mesmo é com a escola conseguir passar certinho, no tempo, bem, e que não perca pontos”, explica.

 

 


Ela também esclarece outras curiosidades de quem não entende tanto assim de samba. Por exemplo, o que é melhor na hora do desfile: sandálias ou botas? “Não faz diferença, tem que ter um salto bom. Os meus sapatos são feitos sob medida, para os meu pés. Não machucam nada”, garante. Cabeça toda trabalhada ou mais simples? “O melhor é ser leve, não apertando muito. Mas não dá para ser 100% leve ou não acrescenta aquele efeito ‘rico’ à fantasia”, ensina.

 

Costeiro machuca? “Olha, ele pode ter um peso considerável, desde que não me atrapalhe a movimentar meus braços”, conta. Desfile oficial ou Sábado das Campeãs? “Nas Campeãs você brinca, não tem preocupação de nada. No dia oficial a tensão é maior, mas a adrenalina é gostosa. O dia oficial é mais incrível”, explica ela, com olhos brilhando. Viviane dá palpite na fantasia? Sim! “O Alex (de Souza, carnavalesco do Salgueiro), fez um desenho, e eu dei umas mudadas porque sei o que vai ficar melhor em mim. Mas mantive a ideia que ele queria porque a fantasia conta uma história, tem um porquê de ser como é. Então mantive o que conta essa história, mas mexi em algumas coisas”, justifica ela.

 

 


E biquíni ou maiô? “Desfilei com peito de fora alguns anos, inclusive quando fui rainha da Império da Tijuca, em 97. Só quando fui para a Mocidade, em 2002, é que usei biquíni a primeira vez. Foram sete anos só de tapa-sexo!”, ri ela, que representa uma rainha egípcia no enredo Senhoras do Ventre do Mundo. “Hoje eu falo que é melhor biquíni, mas eu gostava do tapa-sexo, também gostava de vir de peito de fora. Tudo é fase”, diverte-se. E foi de peito de fora que Viviane pisou pela primeira vez na Sapucaí, aos 20 anos, em cima do carro abre-alas da Império.

 

Na arquibancada, no último setor, esperando a filha, sua mãe, Dona Neusa, seu pai, seu Jocernir e um amigo da então estreante. “Fiquei um pouco envergonhada. Eu tinha um cabelão imenso, todo cacheado e coloquei para frente para tapar os seios”, lembra. A família ficou dividida. “Meu amigo me contou depois que, quando minha mãe me viu chegando, ela disse: ‘Meu Deus do céu!, ela tá de peito de fora’, enquanto meu pai falou: ‘deixa a menina, Neusa’”, lembra Viviane, que tem um irmão, Rodrigo, 45 anos.

 

 


Seu Jocenir sempre apoiou a filha. Foi por intermédio de um amigo dele que ela fez sua estreia. Era ele quem levava Vivi para a concentração e apanhava a jovenzinha na dispersão. E, no começo da carreira da atriz, acompanhava a caçula nos compromissos. Isso, ela pensa ajudou a protegê-la do assédio masculino. “Carnaval realmente é uma exposição: é muita mulher bonita, muita mulher gostosa.

 

As mulheres vêm seminuas. Mas eu acho que é você não se deixar ser tratada dessa forma e conquistar o respeito do mundo do samba. É você ter uma postura legal”, afirma Viviane, quando perguntada se o universo do samba é machista. “Eu sempre percebi quando era sério e quando era sacanagem. Hoje eu sei que eu tenho o respeito de muita gente, de baluartes do samba que me consideram para caramba e me respeitam”, diz.

 

 


Já o assédio dos fãs é constante. Viviane tem 5,3 milhões de seguidores no Instagram e 755 mil no Twitter. A cada nova foto da musa, eles cobrem a atriz de elogios, como o já banalizado, mas nem por isso menos verdadeiro, “rainha, né, mores”. “Pode escrever aí que eu leio os comentários que deixam para mim, tá?”, pede Viviane. “Não tenho como responder a todos, mas faço questão de ler tudo, mesmo sem tempo”, promete ela, que às vésperas do desfile, anda com a agenda lotada. Isso sem falar na rotina puxada de atividades físicas para dar conta da batida pesada desses semanas antes do desfile e, claro, do grande dia.

 

Com dois personal trainers, um no Rio e outro em São Paulo, ela treina duro o ano inteiro, alternando aulas de dança com musculação. Mas, neste período do ano, investe mesmo é no condicionamento aeróbico, chegando a malhar diariamente. “Tem que ter muita força de vontade mesmo, disposição para acordar às 6h30 e ir correr”, admite a atriz, que encara 40 minutos de esteira, três vezes por semana, variando a inclinação – sim, Vivi, simula subir e descer ladeira, para ter o fôlego necessário na maratona de ensaios e compromissos da pré-folia. “É uma pauleira, porque meu dia é curto, atarefado e nunca durmo antes da meia-noite. Mas acordo e vou na fé”, diz ela, que alterna treinos para membros inferiores e superiores.

 

 


Os cuidados com o corpo também incluem massagem e drenagem linfática todo dia. “Também fiz um procedimento para queimar gordurinha, queimar celulite”, conta ela. Celulite? Onde? “Toda mulher tem celulite, está lá escondida mas tem. Se você apertar ela vem”, garante, Vivi, sobre aquilo que só ela vê, nos 63 quilos distribuídos em 1,63 metros. As medidas são de rainha: 93 centímetros de busto, 69 de cintura, 105 de quadril e 63 de coxa. Tudo mantido à base, sim, de comida.

 

Comida mesmo. “Eu não sou muito de fazer dieta, essa dietas loucas em que você só pode comer batata-doce, o que só de ouvir já me embrulha o estômago, ou que não pode comer glúten, não pode comer leite, não pode não sei o quê”, explica. “Mas, nesse período de Carnaval, eu não fico me entupindo de pizza, procuro comer um carboidrato mais saudável, frango, peixe”, completa Viviane, que gosta de uma bebidinhas nos fins de semana. Há alguns anos ela chegou até a comer uma feijoada (!) horas antes do desfile. “Minha mãe faz uma feijoadinha mais leve”, justifica.

 

 


Mas ela não cuida só do corpo. O cabelo, que só nesse mês de janeiro teve quatro versões diferentes, ganhou extensões para Vivi desfilar, tanto em São Paulo quanto no Rio, com fios mais volumosos. O rosto também não foi esquecido. A musa, que tem dois dermatologistas e ama cílios postiços (“coloco até para a academia”), fez hidratação e um procedimento estético com ácido hialurônico (“Não foi preenchimento, foi para um ‘up”). Do mundo da beleza, Viviane entende. Aos 16 anos ela fez um curso de modelo e manequim com uma amiga, e entrou no primeiro concurso, para Garota Primavera, em um clube do bairro. Saiu vencedora e tomou gosto pela coisa.

 

 


“Tudo que era concurso eu participava. Ganhava presente, permuta em salão, ganhei um vídeo-cassete na época. Mas dinheiro eu não me lembro de ter ganhado”, diverte-se. Viviane fez faculdade de Educação Física, mas foi a folia que abriu outras portas, como os trabalhos como modelo. “Com o samba, eu nunca pensei em ganhar dinheiro. Do samba eu gostava e ainda gosto, queria curtir. Mas, como eu fui aparecendo e me destacando no Carnaval, foram surgindo oportunidades”, lembra ela.

 

Uma delas foi o concurso para morena do É o Tchan!, em 97, que acabou elegendo Scheila Carvalho para o posto. “Na época o Tchan era bombado. Aí sim, eu queria fama, me mostrar e aparecer. Tinha 22 anos, estava começando”, admite Viviane que chorou – e muito – quando foi eliminada. “Liguei para a minha mãe, ‘mãe, meu mundo acabou!’. Ela falou assim: ‘minha filha, não era para ser. Depois vem outras coisas para você. Não fica assim’”, recorda a atriz, que encontrou algumas vezes com Scheila. “A vida da gente é muito louca. Você está um dia aqui, outro dia você está num lugar que você nem imagina. Depois você entende por que é que aquilo não era para você. Deus te dá uma coisa e quando ele te tira também tem um porquê”, filosofa ela, que se agarra a Deus e à família nos momentos difíceis.

 

 


“Tudo de bom e de ruim que eu passei serviu para alguma coisa, me trouxe ensinamento. Eu sou grata por tudo, tanto as coisas boas quanto as ruins”, confessa a atriz, que se diz grata até pelo período em que, ainda casada com Belo, condenado por tráfico de drogas em 2002, visitava o marido na prisão. “Sou grata também. As pessoas me enxergaram de uma outra maneira”, explica ela, mesmo não tendo boas lembranças do período. “Foi horrível! Horrível! Horrível!

 

Foi a pior fase da minha vida”, enfatiza. “Mas eu estava lá. Eu amava, eu gostava. Eu estava do lado da pessoa que eu amava. Você até conhece algumas pessoas lá e vê que tem quem não merecia estar ali dentro. É difícil. É ruim. Não gosto de falar muito não sobre isso”, justifica Viviane, admitindo que se descobriu forte no sofrimento. “Sabe você achar que você não tem força para aguentar aquilo ali? E você ter essa força não sabe de onde? Você se supera, você cresce, fica fortalecida para a vida”, explica.

 

 

De relacionamentos longos, Viviane foi casada 9 anos com o cantor e ficou outros 10 com o jogador de futebol Radamés, de quem se separou em meados de 2017. Solteira, jura que está sozinha e avisa que lida muito bem com a solidão. “A gente não ficava sempre junto, 24 horas. Às vezes eu passava um mês sozinha. E aí ele vinha para cá, eu ia para lá (cidades onde Radamés jogava). Eu meio que acostumei. Eu adoro ficar sozinha na minha casa”, garante. Mas, aos interessados, fica a dica: Viviane Araújo gosta de homem com pegada. E não tem nenhum um problema com quem está meio fora de forma e não ostenta aquela barriga capaz de lavar as fantasia de uma ala inteira de escola de samba.

 

 


“Não tenho tipo. Gosto de homem. Não importa se tem tanquinho ou pancinha. Não tem que ser preto, branco, magro, ou alto... Tem que me olhar de um jeito, o olhar tem que bater. E depois ser divertido, inteligente, legal”, lista ela, avisando, às gargalhadas, que acredita sim em amor de Carnaval. “Mas sabe que os homens não são muito de chegar e me cantar? Tem aquela questão: vou chegar nela e falar o quê? Então, podem até chegar e puxar um assunto, mas não é assim direto”, suspira.

 

Símbolo sexual de várias gerações não só pelo trabalho na avenida como pelas diversas capas de revistas como Sexy e Playboy, Viviane não se vê sexy ou sensual. “Me acho maravilhosa mesmo é quando coloco meu biquíni e fico tomando meu sol”, conta ela, que só posaria nua novamente por dinheiro. “Eu iria financeiramente. Mas como não está valendo mais a pena não tem porquê”, diz a atriz, que não se arrepende dos ensaios nus. “Não me envergonho, não tenho problema nenhum”, ressalta. Dinheiro também foi a razão pela qual ela entrou na quinta edição de A Fazenda, em 2012. “Não queria visibilidade, eu queria o dinheiro. Entrei querendo ganhar R$ 2 milhões. Já era conhecida. Não foi para ter mais fama”, assume Vivi, que classifica a experiência no reality como “complicada”.

 

“É difícil você se manter ali sendo você mesma, com a sua dignidade, com o seu caráter, sendo verdadeira. É difícil lidar com o ser humano. Com os bichos era mole, era tranquilo. O problema era a convivência. Qualquer copo de plástico era motivo de briga. Uma coisa mínima virava uma coisa monstruosa”, recorda. Vivi ganhou o prêmio de R$ 2 milhões, que caíram para R$1,5 milhões depois de todos os descontos e – surpresa! - guardou quase tudo. “Comprei umas coisas, mas o dinheiro está lá. Vou comprar um apartamento agora”, revela.

 

Fã de uma boa grife, ela gosta de investir em bolsas e sapatos, tem licenciamentos de uma linha de maquiagem e produtos para o cabelo e se preocupa com o futuro. Faz eventos e campanhas e, em época de novela, tenta conciliar tudo. “Sei que com a minha profissão eu posso trabalhar até quando eu tiver saúde. Mas é incerto”, diz sobre a carreira de atriz. Na avenida, a história é outra. “Vai ter uma hora em que vai chegar o momento de parar. Já fiz tudo, estou feliz com o que eu realizei aqui na minha escola, meu nome no Carnaval. Sei lá, de repente eu venho de camisa em carro”, planeja ela, que também pensa em, um dia, se tornar mãe. “Eu vou ter, se Deus quiser, da forma que for”, revelando que conversou com sua médica sobre a possibilidade de congelar óvulos. “É uma coisa que eu vou fazer”, adianta.

 

Em 2018, Viviane deve voltar aos palcos com Lili Carabina, espetáculo com o qual esteve em cartaz ano passado, e vai fazer o filme Dano Moral, que tem Aílton Graça e Letícia Spiller no elenco. Ela também estará na próxima trama de Aguinaldo Silva, a quem agradece a chance de viver a manicure Naná de Império (2014), personagem que vê como uma virada na sua carreira de atriz. Vivi estreou na TV em 99, na Escolinha do Professor Raimundo e ficou anos no Zorra Total, onde entrou em 2001. Ressaltando sempre ter sido tratada muito bem nos dois elencos e nunca ter sofrido preconceito por ter vindo do samba, ela admite que foi escolhida para os programas pelos atributos físicos.

 

Viviane Araújo (Foto: Marcelo Tabach / Ed. Globo)


“Queriam uma mulher gostosa na televisão que soubesse sambar. Eu realmente não tinha experiência nenhuma. Mas era bem legal, fui bem recebida por todos”, lembra. “Mas depois que eu fiz Império, as pessoas me viram de uma outra forma. Não era só a gostosa que fazia televisão. Começaram a ver a Viviane atriz, gostosa. O contrário”, avalia, rindo, para logo ficar séria. “Eu sempre me vi e me imaginei atriz. Não tinha dúvidas. É que era difícil mesmo conseguir uma chance. Quem me deu isso foi o Aguinaldo e eu sou muito grata a ele. Ele acreditou em mim. Mas eu sempre acreditei que eu podia fazer. Eu só queria uma oportunidade”, explica ela, já reservada para a próxima novela do autor.

 

Viviane, que desde a estreia na televisão fez vários cursos de intepretação, sonha trabalhar com Gloria Pires e Tony Ramos. O sucesso na telinha, onde ela também fez Rock Story (2016), aumentou ainda mais a fama da sambista, que diz lidar com a popularidade muito bem. “Sempre procuro dar o máximo de atenção que posso aos fãs, fazer uma foto. A minha profissão pede isso. Se eu sou o que eu sou hoje, se eu tenho o que eu tenho hoje, é por eles também”, diz, consciente. “O mínimo que eu posso fazer é retribuir esse carinho. O dia que eu não estou muito bem, eu prefiro não sair, fico na minha casa”, conta a atriz.


Ela jura ainda não se perturbar com o interesse em sua vida pessoal. “Não me incomodo, por exemplo, com fotógrafo na praia, no aeroporto. É o trabalho dele. É o preço da minha vida. É chato às vezes? É chato. Mas eu não vou ficar me lamentando, não vou ficar ‘ah, meu Deus do céu, não posso fazer porra nenhuma que todo mundo fica sabendo’. Assim você não consegue viver”, dispara. “Não me dá mágoa”, garante a atriz. Com a exposição, Viviane se viu também na posição de modelo para muita gente. “Sei que muitas das minhas fãs se espelham em mim pela minha força, pela minha história. Fico feliz de conseguir passar alguma coisa para elas. Eu me sinto empoderada de servir como exemplo”, avalia.


A sambista nunca esperou nada disso, muito menos a dimensão a que chegou. Mas, diz que nunca se surpreendeu por ter se tornado “a” Viviane Araújo. “Não me assustei porque as coisas foram acontecendo aos poucos na minha vida. Nunca foi algo que virei da noite para o dia. Minha vida foi sempre devagar, conquistando meu espaço aos poucos”, pondera ela, que encara o futuro de frente. “Não tenho medo. Eu posso ter às vezes dúvida se algo é bom ou não. Eu vou e faço. Depois vejo no que deu”, afirma.

 

Foto: Marcelo Tabach / Ed. Globo

 

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