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Carnaval 2020
16/02/2018

Você pode ter pego uma DST sem ter feito sexo no Carnaval

Foto: Getty Images

Um só beijo na boca pode transmitir herpes e sífilis

Para quem não aguentava mais ler e ouvir “É Carnaval que chama?”, “Você quer glitter, @?” e #carnavrau, os problemas acabaram. Mas quem se esbaldou na folia, mesmo com moderação, deve pensar em algumas consequências, afinal é possível ter se contaminado com alguma doença sexualmente transmissível mesmo sem ter transado.


A ginecologista e sexóloga Jacqueline Mazzotti, pós-graduada em sexualidade humana pela USP (Universidade de São Paulo), explica: “Um só beijo na boca pode transmitir herpes e sífilis, além de gengivite, cáries, afta, gripe e a mononucleose ou ‘doença do beijo’, muito comum nessa época, cujos principais sintomas são febre elevada, dor de garganta e inchaço nos linfonodos do pescoço”.


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Inimigos ocultos: copos e banheiros químicos


O simples gesto de dividir a bebida com alguém já é suficiente para colocar a saúde em risco. “É que a saliva que fica no copo ou outro utensílio em contato direto com a boca pode transmitir herpes, hepatite A, amigdalite e algumas viroses respiratórias”, explica a médica.

 

 

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Nos banheiros químicos, o contato direto entre a área genital e o assento pode contribuir para a transmissão de doenças como infecção urinária e corrimentos, como a candidíase.


A ginecologista esclarece ainda sobre outros riscos: “Não existem evidências médicas sobre a transmissão de doenças venéreas por meio de assentos sanitários, entretanto, doenças como a gripe podem ser adquiridas no contato com a torneira ou a maçaneta da porta, por isso lavar as mãos deve se tornar um hábito indispensável”.

 


Preservativos não são 100% seguros


Segundo a médica, quando há relações sexuais, mesmo com camisinha, os riscos existem: “De acordo com um estudo da FDA (Food and Drug Administration), órgão do governo americano que regula medicamentos, os preservativos não são 100% seguros, mas, se usados corretamente, reduzem o risco de ISTs [a OMS agora chama de infecções sexualmente transmissíveis, não mais de doenças], inclusive Aids.

 

 

Sendo assim, não existe nenhuma garantia absoluta, mesmo usando a camisinha. A única garantia seria praticando a abstinência, mas, como muitas vezes isso não é possível, deve-se usar o preservativo da forma mais correta possível, para reduzir o índice de falha”.


ISTs mais comuns


Sífilis: úlcera indolor na região genital, que aparece entre dez a 90 após o contágio e pode ser curada com tratamento.


Herpes: bolhas ou úlceras com bordas avermelhadas, que podem aparecer nos genitais, coxas, lábios ou olhos, entre dois a sete dias após o contágio. Não tem cura, mas pode ser controlada.


Hepatite B: os primeiros sintomas, que surgem entre 15 a 45 dias, incluem dor de cabeça, mal estar e perda de apetite. Depois evoluem para outros relacionados a alterações no fígado, como cor amarelada na pele e branco dos olhos e urina escura. Tem cura.


Hepatite C: os sintomas são parecidos com os da Hepatite B e se desenvolvem entre duas semanas a seis meses. Não tem cura, mas pode ser controlada.


HPV: após o contágio, entre três a oito meses, podem aparecer verrugas na região genital tanto masculina quanto feminina. Nas mulheres, entretanto, essas verrugas podem estar presentes no colo do útero, não sendo facilmente visíveis nem se manifestando em regiões externas. Tem cura.


Clamídia/gonorreia: os sintomas geralmente se manifestam entre cinco a dez dias e podem incluir dor ao urinar, corrimento e sangramento. Tem cura.


Cancro mole: os sintomas, parecidos com o da sífilis, podem se manifestar entre três a cinco dias após o contágio. Tem cura.


HIV/Aids: da exposição ao vírus até os primeiros sintomas da doença, que podem ser confundidos com os da gripe, decorrem entre três a seis semanas. A imunodeficiência não tem cura, mas pode ser controlada.

 

Fotos: Reprodução


Suspeita de um possível contágio? Mantenha a calma e marque uma avaliação médica. Todas as principais DSTs têm cura ou podem ser controladas.

 

Uol

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