Coronel Walter Cruz é subcomandante da Polícia Militar
O subcomandante da Polícia Militar do Amazonas, coronel Walter Cruz, ligou para a Redacão do PORTAL DO ZACARIAS para dizer que a prisão do tenente-coronel Túlio Freitas, ocorrida no última dia 25, não tem nada a ver com a versão que o coronel Sales veiculou em sua página no Facebook.
Segundo Sales, Walter Cruz teria dado voz de prisão a Túlio Freitas porque este se recusara a providenciar, durante a madrugada do dia 25, a filmagem de drogas apreendidas pela Polícia Militar.
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"Essa história é totalmente irreal, até porque o tenente-coronel Túlio já não chefiava mais a Diretoria de Comunicação da Polícia Militar, da qual ele havia sido exonerado no dia 24 pelo comendante-geral", afirmou Cruz.
De acordo com Cruz, a motivação da prisão se deu justamente em razão da exoneração de Túlio.
Veja o que disse Walter Cruz:
"No mesmo dia 24, ele (Túlio) chegou a conversar com um capitão dizendo que não havia gostado da mudança e que ia dar um troco. O capitão não levou em consideração e só chegou a nos falar ontem (dia 26). No dia 25, ele estava no corredor e eu estava entrando na minha sala, aí eu falei: Ei, Túlio, quero falar com você. Por quê? Porque compete ao subcomandante, que é o responsável pela disciplina e pela parte operacional, e responde quando o comandante não está, ele também responde pelo comandante-geral. Eu chamei ele (Túlio) para dizer por que o comandante resolveu exonerá-lo, mas como eu estava resolvendo um negócio com o tenente-coronel Alonso, pedi a ele que passasse depois para a gente conversar. Foi então quando ele me disse: 'Coronel, eu tenho 27 anos de polícia e sinceramente eu não aceito isso da forma como foi.
Aí eu falei: olha, a exoneração é um ato administrativo, a gente tem que entender. Aí foi quando ele me disse: 'Olhe, eu já servi em Tabatinga, eu conheço vários colombianos e, inclusive, eu sei onde mora o comandante e sei onde as filhas dele estudam'. Aí eu virei pra ele: isso é uma ameaça. Me aguarde. O tenente-coronel Alonso estava presente e testemunhou o fato. Aí eu fui comunicar o comandante, que me imediatamente me disse: 'Aos procedimentos legais', e os procedimentos legais. E o procedimento legal é dar voz de prisão. E eu fiz".
Cruz disse também que Túlio continua preso em um quartel da PM e "o caso dele será acompanhado pelo Ministério Público militar e por um juiz militar".