*Por Lúcio Carril - Sou muito crítico às fanfarrices dos irmãos Gomes, mas não posso deixar de admitir que o ato do senador Cid Gomes é um exemplo a ser seguido por todos nós, no que se refere a enfrentar na rua o fascismo.
Cid se armou com um trator e meia dúzia de apoiadores e foi pra cima dos milicianos, um bando travestido de policiais militares amotinados. É assim que devemos fazer no mês de março.
A diferença na ação será no "tratoramento", com a massa na rua, mas a intrepidez terá que ser a mesma.
É preciso enfrentar com dureza o fascistóide e seus asseclas. Não dá mais para contemporizar com idiota que defende a ditadura, a tortura e a morte dos que têm na democracia uma referência de regime político necessário.
Bolsonaro e seus acólitos são uma ameaça ao Brasil quando atentam contra a Constituição Federal e todo o Estado de Direito Democrático.
Outro dia li que fascista não é gente. Pois é: fascista não é gente.
Quanto às nossas divergências de método, só poderemos continuar a tê-las enquanto vivermos sob o manto da democracia. Precisamos deste regime para avançar na luta.
O resto são firulas, vaidades tolas ou interesses menores neste momento.
Teremos três datas no mês de marco: 8,14,18.
Vamos pra rua.
*Lúcio Carril é sociólogo e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.