“Fiquei calma porque eu tinha me batizado na igreja no domingo de manhã. Enquanto ela estava esbravejando, eu estava orando, conversando com Deus, pedindo sabedoria para os policiais e tranquilidade para mim. Só Ele nessa hora”, disse Sandra em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, nesta terça-feira (10).

Sandra, que havia acabado de sair de uma aula de pilates e estava a caminho de uma sessão de acupuntura na Zona Norte, contou que decidiu pegar um ônibus em vez do metrô, como de costume. Foi nesse momento que foi abordada pela mulher, que, sem revelar sua identidade, a escolheu aleatoriamente como refém.

“Ela chegou pelas costas, dizendo para eu ficar na frente dela e ligar para a Rede Globo. Não vi o rosto dela. Perguntei por que ela estava fazendo aquilo, mas ela não me respondeu. Não parecia um assalto”, relatou Sandra.

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Nas imagens registradas, a sequestradora é vista segurando Sandra com uma faca no pescoço. Testemunhas próximas chamaram a polícia e simularam ligar para a emissora, tentando acalmar a mulher.

A polícia chegou rapidamente ao local e iniciou as negociações. Durante o diálogo, a sequestradora fez declarações desconexas sobre câmeras em sua casa e outras paranoias. Enquanto isso, Sandra continuou a orar, mantendo a calma.

No momento oportuno, os policiais usaram uma arma não letal para imobilizar a mulher, que soltou Sandra imediatamente e foi presa. “Eu orei o tempo todo, pensava na minha família. Sabia que não era a minha hora”, afirmou Sandra.

Após ser liberada, Sandra foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para exames e, posteriormente, prestou depoimento na 78ª DP. Apesar do trauma, afirmou que não se feriu e estava bem.

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O incidente causou interdição temporária da Avenida Paulista entre a Alameda Joaquim Eugênio de Lima e a Alameda Campinas, no sentido Consolação. Às 14h, o trânsito já havia sido normalizado.

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