*Por Lúcio Carril - Não existe conforto para a morte. Mesmo os que acreditam numa vida pós ou no espírito não aceitam passivamente a morte e lutam pela vida sob qualquer circunstância.
A razão é simples: a vida nos impõe desafios para viver, idiossincrasias, imprevisibilidade e planejamento, coragem, buscas constantes.
A morte é o fim para quem quer viver e não consequência da vida, pois ambas são antagônicas.
As tragédias mutilam a vida dos que ficam, que terão que conviver com uma dor inconsolável.
A procura por conforto na religiosidade é admissível enquanto fuga da dor, mas é incongruente a tentativa de se atribuir à força metafísica a morte de inocentes ou a uma tragédia imprevisível.
Aos que foram, valeu pela vida. Aos que ficam, a luta pela vida.