Também no Fórum, Trump critica
Em uma reunião do Fórum Econômico Mundial pautada pela ameaça das mudanças climáticas e chamada informalmente de “Davos Verde”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse aos participantes que "a pior inimiga do meio ambiente é a pobreza".
Segundo ele, se não há oportunidades de geração de renda, as pessoas destroem o meio ambiente porque "têm fome".
- É um problema complexo, não há solução fácil - afirmou o ministro na cidade suíça.
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Também em Davos, o presidente americano Donald Trump e a jovem ativista ambiental Greta Thunberg expuseram suas posturas radicalmente opostas sobre as mudanças climáticas.
- Temos que rechaçar os eternos catastrofistas e suas previsões de apocalipse - disse Trump, acusando os "herdeiros das cartomantes tolas do passado" de estarem errados sobre as mudanças climáticas, como já estiveram, segundo ele, quando previram a superpopulação do planeta ou o fim do petróleo.
Algumas horas antes, Greta havia criticado a inação dos poderes públicos em um dos colóquios do fórum (clique aqui e leia mais), afirmando que "a ciência e a voz dos jovens não são o centro da conversa, mas precisam ser".
Inovação e Santos Dumont
Em uma sessão cujo tema eram tendências e desafios da manufatura avançada, Guedes mencionou o aviador Alberto Santos Dumont - cujo voo inaugural do 14 Bis ocorreu em 1906 - como símbolo de que o Brasil também pode sem bom em inovação.
- Os brasileiros inventaram o avião. Nós temos Santos Dumont - disse.
A discussão no painel em que estava o ministro girou em torno das transformações tecnológicas e seus impactos para a indústria e para o mundo do trabalho. Para o ministro, o Brasil "está um pouco atrás, para não dizer muito atrás, nessa discussão".
No entanto, segundo ele, o processo de inovação é hoje mais descentralizado e o país tem uma "grande chance" com a quarta revolução industrial.
Para ilustrar, fez uma comparação com Israel.
- Eles têm tecnologia, mas não têm escala. Nós temos escala - disse Guedes. - Nós podemos recuperar o tempo perdido se avançarmos em educação e estivermos conectados.
O ministro também confirmou na manhã desta terça-feira que o Brasil abrirá seu mercado às empresas estrangeiras em licitações públicas e pedirá formalmente sua adesão ao Acordo de Compras Governamentais, como antecipou O GLOBO na semana passada.
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Segundo ele, tornando-se voluntariamente um signatário do tratado, o país busca incorporar melhores práticas e fazer um “ataque frontal” à corrupção. O acordo, conhecido pela sigla em inglês GPA (Government Procurement Agreement), dá tratamento isonômico a empresas nacionais e estrangeiras em aquisições do setor público.
O Globo