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05/06/2020

'Acabou matéria do Jornal Nacional', diz Bolsonaro sobre atrasos na divulgação de mortos por coronavírus

Foto: Reprodução

Presidente fez afirmação ao ser questionado sobre mudança na divulgação do balanço. Globo disse em nota que espectadores

O presidente Jair Bolsonaro foi questionado nesta sexta-feira (5) por jornalistas sobre os atrasos na divulgação de dados sobre a pandemia do novo coronavírus.

 

Sem que ninguém fizesse qualquer menção a nenhum órgão de imprensa específico, o presidente disse: "Acabou matéria do Jornal Nacional".

 

Depois, o presidente alegou que o atraso se devia à necessidade de pegar os dados mais consolidados, mas não explicou por que, por mais de 70 dias, foi possível consolidar os dados mais cedo. E nem por que os números que são divulgados às 22h constam de uma planilha que atualiza dados até as 19h.

 

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Em seguida, como faz habitualmente, Jair Bolsonaro criticou o jornalismo da Globo e acrescentou: "Ninguém tem que correr para atender a Globo".

 

Sobre a declaração, a Globo divulgou a seguinte nota:

 

"O público saberá julgar se o governo agia certo antes ou se age certo agora. Saberá se age por motivação técnica, como alega, ou se age movido por propósitos que não pode confessar mais claramente. Os espectadores da Globo podem ter certeza de uma coisa: serão informados sobre os números tão logo sejam anunciados porque o jornalismo da Globo corre sempre para atender o seu público".

 

Dados das últimas 24 horas

 

Bolsonaro também defendeu excluir do balanço diário sobre os dados do coronavírus no Brasil os números de pessoas que morreram em dias anteriores.

 

O balanço diviulgado atualmente pelo Ministério da Saúde inclui os dados das últimas 24 horas e os números acumulados.

 

"Ontem [quinta-feira], praticamente dois terços dos mortos eram de dias anteriores. Tem que divulgar o [número] do dia. O resto, consolida para trás", afirmou o presidente.

 

Bolsonaro não explicou, contudo, como os óbitos dos dias anteriores devem ser computados pelo Ministério da Saúde.

 

Em relação à alteração no horário de divulgação dos boletins, Bolsonaro afirmou que "é para pegar o dado mais consolidado".

 

Inicialmente, o boletim era divulgado às 17h. Depois, passou a ser apresentado às 19h. Nos últimos dias, a divulgação só tem sido feita às 22h.

 

Mortes por milhões de habitantes


Bolsonaro também disse que falta seriedade na apresentação dos números de mortos feita pela imprensa.

 

“Parece que esse pessoal que faz... o Globo, Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes. Agora, falta inclusive seriedade. Bote mortes por milhões de habitantes. Nem isso faz. É a mesma coisa que querer comparar mortes no Brasil que tem 210 milhões de habitantes com países que tem 10 milhões”, disse Bolsonaro.

 

Pela análise do número de mortes por milhões de habitantes, o Brasil também figura entre os países com maiores índices de mortes.

 

Veja a seguir:

 

Reino Unido: 598,7 mortes por milhão de habitantes;


Espanha: 578,03 mortes por milhão de habitantes;


Itália: 558,13 mortes por milhão de habitantes;


França: 433 mortes por milhão de habitantes;


Estados Unidos: 325,64 mortes por milhão de habitantes;


Brasil: 153,88 mortes por milhão de habitantes.


OMS


Na mesma entrevista, concedida em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez críticas à Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

“O Trump [presidente dos Estados Unidos] cortou a grana deles, voltaram atrás em tudo. E adianto aqui: os Estados Unidos saíram da OMS. A gente estuda no futuro – ou a OMS trabalha sem o viés ideológico – ou nós vamos estar fora também. Não precisamos de gente de fora dar palpite na saúde aqui dentro”, disse o presidente.

 

Na sequência, Bolsonaro foi questionado se pretende fazer com que o Brasil deixe a OMS. Ele afirmou:

 

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“É o seguinte: ou a OMS realmente deixa de ser uma organização política, partidária, assim, vamos dizer, até partidária, ou nós estudamos sair de lá”, frisou. 

 

G1

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