Pesquisa é conduzida pelo Instituto Federal de Zurique, na Suíça; estudo traz pela primeira vez resultados promissores na redução dos níveis de álcool no sangue
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich) deu um passo importante no combate aos efeitos nocivos do álcool com o desenvolvimento de um gel que promete reduzir os níveis de álcool no sangue, aliviar os sintomas da ressaca e até mesmo proteger o fígado e o intestino de danos a longo prazo.
Publicado esta semana na revista científica Nature Nanotechnology, o estudo mostra o potencial do hidrogel amilóide como uma alternativa inovadora às terapias existentes para lidar com o consumo excessivo de álcool. Segundo os pesquisadores, as opções atuais, como as enzimas endógenas, oferecem apenas um alívio temporário dos sintomas, como náuseas e dores de cabeça, sem abordar questões mais complexas como sonolência, exaustão e alcoolismo crônico.
O uso de álcool está ligado a várias doenças graves, como doenças hepáticas, gastrointestinais e câncer. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, o consumo excessivo de álcool resultou em quase três milhões de mortes em todo o mundo. O alcoolismo em Portugal "quase quadruplicou" em dez anos, segundo o relatório anual do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (Sicad) relativo a 2022.
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No ano passado, mais de 13.800 pessoas buscaram tratamento por problemas relacionados ao consumo de álcool. Já no Brasil, o padrão de consumo de 18,4% da população brasileira é de bebedor abusivo. Entre os homens, esse percentual é de 25,6%. Em 2010, esse número era de 27%, segundo dados da Vigitel.
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Cientistas suíços conseguiram fazer com que um gel à base de proteínas de soro de leite que pode ser um "antídoto para o álcool", impedindo a produção de acetaldeído, um subproduto tóxico do metabolismo do álcool no organismo, que foi capaz de reduzir em 55,8% os níveis de álcool no sangue de ratos intoxicados em apenas 300 minutos. Além disso, o gel também bloqueou a produção de acetaldeído, um composto que causa danos ao fígado e outros órgãos.
Fonte: Uol