19 de Maio de 2024 - Ano 10
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02/03/2024

'Caso Mangue 937': onde estão os presos após 6 anos do crime que resultou em mulheres decapitadas

Foto: Reprodução

Seis homens foram condenados no total a mais de 400 anos de prisão por torturarem e executarem três mulheres em um manguezal no bairro Vila Velha, em Fortaleza

As mortes de três mulheres torturadas e esquartejadas, em um caso que ficou conhecido nas redes sociais como Mangue 937 e chamou atenção no Ceará e no País pela natureza bárbara do crime, completam seis anos neste sábado (2). Seis homens foram condenados, e atualmente seguem cumprindo a pena.

 

O crime ocorreu no dia 2 de março de 2018, no manguezal do bairro Vila Velha, em Fortaleza, e vitimou Darcyelle Ancelmo de Alencar, Nara Aline Mota de Lima e Ingrid Teixeira Ferreira, que tiveram seus corpos mutilados e foram mortas em uma combinação de cortes de facão e tiros.

 

Cinco homens foram a júri popular em 27 de fevereiro de 2019, quase um ano após a barbárie, e pegaram, juntos, mais de 335 anos de prisão. O sexto, preso em 2020 por participação nas mortes, foi condenado a 83 anos de reclusão em abril de 2022.

 

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A motivação dos homicídios seria o fato de as vítimas serem integrantes de uma facção criminosa de origem carioca com atuação no Ceará. Eles foram consideradas rivais de uma organização originada em território cearense, e da qual os condenados pelos assassinatos fazem parte.

 

Nara e Ingrid morreram em decorrência da decapitação e Darcyelle por um tiro — mas também teve a cabeça removida, só que após a morte, segundo apontam os laudos cadavéricos presentes na denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).

 

Os criminosos ocultaram os cadáveres esquartejados em uma ilhota no Rio Ceará, a cerca de um quilômetro da margem, e os corpos só foram encontrados uma semana após o crime, no dia 9 de março de 2018, após um dos envolvidos apontar a localização.

 

ONDE ESTÃO OS AUTORES DO CRIME?

 

Os condenados pelos crimes são Francisco Robson de Souza Gomes, Bruno Araújo de Oliveira, Jeilson Lopes Pires, Rogério Araújo de Freitas e Júlio César Clemente da Silva e Jonathan Lopes Duarte?. De acordo com as últimas movimentações processuais as quais o Diário do Nordeste teve acesso, o grupo ainda se encontra preso. Todos foram sentenciados a cumprir a pena em regime fechado.

 

Bruno, Francisco e Jeilson começarem o cumprimento na Unidade Prisional Professor Olavo Oliveira II (UPPOO II), em Itaitinga, na Grande Fortaleza. Não há informações sobre onde Júlio César estaria preso, bem como Rogério, que depois do julgamento ficou foragido e só foi preso em 2021 no município de Mombaça.

 

Francisco Robson de Souza Gomes, condenado a 85 anos por ser o mandante do crime, estava encarcerado na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso Sul, e participou do júri, em 2019, por videoconferência.

 

Conforme o processo, Jonathan está preso na Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim (UP-Sobreira Amorim).

 

O grupo foi sentenciado por três homicídios triplamente qualificados (por motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), destruição e ocultação dos cadáveres, participação em organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e tortura.

 

O Diário do Nordeste solicitou à Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP) à Secretaria Nacional de Políticas Penais uma atualização sobre as situação prisional dos condenados, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria.

 

CRIME BÁRBARO NOS MOLDES DO ESTADO ISLÂMICO

 

O crime bárbaro foi encomendado para ocorrer nos moldes das execuções do grupo terrorista Estado Islâmico, de acordo com a promotora de acusação Joseana França, que representou o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) no júri.

 

Francisco Robson, conhecido pela alcunha de "Mitol", ordenou o crime de dentro da prisão, na função de líder de organização criminosa. Ele mandou os comparsas filmarem toda a ação em um "vídeo islâmico", em referência aos registros do grupo extremistas faz de suas execuções.

 

A ordem foi dada por Robson a seu braço direito, Jeilson Lopes Pires, o "Jê". As imagens, inclusive, circularam pelas redes sociais, e não serão reproduzidas nesta matéria devido ao conteúdo violento.

 

Em um dos registros, as mulheres são obrigadas falar que estão "rasgando a camisa" de uma facção para entrar em outra.

 

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"Eu estou há 13 anos no júri e nunca vi um negócio desses. Duas delas foram mortas por decapitação, o laudo cadavérico fala. A Nara Aline levou pisa de pá; cortaram os dedos, o braço e a perna dela. O que aquela moça passou não existe. O agravante é que o facão utilizado na execução, comumente usado como instrumento corto-cortante, estava cego, ou seja, se tornou corto-contundente. “Eles usaram como se fosse um machado", disse a promotora à época do julgamento.


Fonte: Diário do Nordeste

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