03 de Maio de 2024 - Ano 10
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Mulher
09/04/2024

'É mito que orgasmo seja ápice do prazer': o que ensina pesquisadora que estuda ciência da sexualidade feminina

Foto: Reprodução

Após a confissão da mãe, a aluna decidiu enviar a ela os slides do curso, nos quais podiam ser vistas fotos de vulvas, diagramas e ilustrações.

"Não sei onde fica o clitóris", disse uma mulher de 54 anos à filha.A jovem vinha conversando com a mãe pelo Skype sobre suas aulas do semestre, incluindo a disciplina "Sexualidade da mulher", ministrada pela professora e autora americana Emily Nagoski.Após a confissão da mãe, a aluna decidiu enviar a ela os slides do curso, nos quais podiam ser vistas fotos de vulvas, diagramas e ilustrações.

 

Esta anedota é contada pela própria Nagoski em seu livro A revolução do prazer: Como a ciência pode levar você ao orgasmo, um best-seller publicado em 2015 e lançado no Brasil pela editora Guarda-Chuva em 2018.Nagoski tem doutorado em Comportamentos da Saúde, com especialização em Sexualidade Humana, e mestrado em Aconselhamento Educacional, ambos pela Universidade de Indiana (EUA).

 

Ela publicou em janeiro deste ano o livro Come Together: The Science (and Art!) of Creating Lasting Sexual Connections ("Gozando juntos: A ciência (e arte!) de criar conexões sexuais duradouras", em tradução livre, ainda sem edição no Brasil).Confira abaixo os principais trechos da entrevista da autora à BBC News Mundo, serviço da BBC em espanhol.É um mito que a maioria das mulheres tenha orgasmos através da penetração: somente cerca de 25% das mulheres conseguem isso dessa forma. O restante delas, consegue às vezes, raramente ou nunca.

 

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É um mito que atingiremos o orgasmo na primeira vez que fizermos sexo: apenas cerca de 10% das mulheres conseguem isso e a maioria é porque tocam seus próprios genitais.É um mito que o orgasmo seja "o auge do prazer": pode ser, mas existem muitas outras maneiras de experimentar um prazer sexual intenso. Além disso, nem todos os orgasmos são prazerosos.Existem muitos mitos, eu poderia ficar citando-os o dia todo, literalmente.Quando os cientistas conversam com pessoas que se identificam como tendo relações sexuais extraordinárias, essas pessoas não falam sobre desejo ou orgasmos, falam sobre autenticidade, vulnerabilidade, empatia e prazer.

 

Ilustração do corpo e do aparelho reprodutivo feminino

( Foto: Reprodução)

 

Se quisermos ser como as pessoas que fazem o tipo de sexo que muitos de nós invejaríamos, colocaremos o prazer no centro e deixaremos o desejo, o orgasmo e o resto cuidarem de si mesmos.Por outro lado, focar no prazer é uma maneira infalível de garantir que você desfrutará de todos os aspectos do sexo que pratica.orque às vezes o desejo nos faz sentir bem, mas outras vezes é doloroso, fonte de frustração e angústia. O prazer, por definição, não é.Quero viver em um mundo onde a gente só faça o sexo que gostamos e não se sinta mal por não fazer o sexo que não gostamos.Quando o cérebro está estressado, os centros de prazer estão sintonizados para interpretar quase qualquer sensação como uma ameaça potencial, mesmo aquelas que em um contexto diferente poderiam ter sido interpretadas como algo a ser explorado com curiosidade.

 

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É quando o cérebro está num estado de curiosidade, segurança e/ou diversão que esses centros de prazer se sintonizam para interpretar quase qualquer sensação como prazerosa.A importância neurológica do contexto é a razão pela qual às vezes fazer cócegas é bom. Se você está se sentindo brincalhona, animada e conectada a um parceiro atraente e confiável, as cócegas dele podem fazer você se sentir bem.Mas e se o mesmo parceiro por quem você se sentiu atraída fizesse cócegas em você quando você estivesse no meio de uma discussão? Seria bem irritante.É a mesma sensação, é até o mesmo parceiro, mas é um estado interno diferente, então seu cérebro interpreta de forma completamente diferente. 

 

Fonte: Portal iG

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