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20/11/2020

'Ele pediu: Milena, me ajuda', diz mulher de homem negro morto em Carrefour de Porto Alegre

Foto: Reprodução

João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto por dois homens brancos, na noite desta quinta-feira (19). Milena Borges Alves, de 43 anos, tentou ajudar o marido, mas foi empurrada.

A mulher do homem negro espancado até a morte em um Carrefour de Porto Alegre na noite desta quinta-feira (19) disse que tentou ajudar o marido, mas foi impedida pelos seguranças.

 

A declaração de Milena Borges Alves, de 43 anos, foi dada em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (20). Dois homens foram presos em flagrante.

 

"Eu estava pagando no caixa, daí ele desceu na minha frente. Quando eu cheguei lá embaixo, ele já estava imobilizado. Ele pediu: ‘Milena, me ajuda’. Quando eu fui, os seguranças me empurraram", afirmou ela.

 

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João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado e morto por dois homens brancos na véspera do Dia da Consciência Negra.

 

Ele fazia compras com a esposa quando teria feito um gesto para uma fiscal de caixa. Ela chamou a segurança, que levou João Alberto para o estacionamento do supermercado, onde começaram as agressões. As imagens do espancamento foram gravadas e passaram a circular nas redes sociais (veja vídeo a baixo).

 

"O João Alberto era uma pessoa brincalhona, que estava sempre brincando debochando, era assim o jeito dele. Estava sempre com o gato dele, gostava do gatinho dele", conta Milena.

 

Os dois suspeitos, um de 24 anos e outro de 30 anos, foram presos em flagrante. Um deles é policial militar e foi levado para um presídio militar. O outro é segurança da loja e está em um prédio da Polícia Civil. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.

 

Crime


Os dois suspeitos, Magno Braz Borges, de 30 anos, e Giovane Gaspar da Silva, de 24, foram presos em flagrante. Os nomes foram confirmados pela Polícia Civil. Giovane é policial militar e foi levado para um presídio militar. Magno é segurança terceirizado da loja e está em um prédio da Polícia Civil. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.


De acordo com a Polícia Federal, um deles não possuía o registro nacional para atuar na profissão, mas não informou, no entanto, qual dos dois. O advogado de Magno Braz, William Vacari Freitas, disse que não vai se posicionar sobre o caso, no momento. O G1 tenta contato com a defesa de Giovane.

 

O segundo tinhaodocumento registrado. Segundo a nota da corporação, a carteira será suspensa. João Alberto foi espancado pelos dois, após um desentendimento.

 

Ambos são funcionários de uma empresa terceirizada, Vector Segurança. A reportagem entrou em contato, e aguarda retorno. A PF ainda confirma que a empresa de segurança responsável pelo supermercado tem cadastro regular e foi fiscalizada em agosto deste ano.

 

A Brigada Militar informou que o espancamento começou após um desentendimento entre a vítima e uma funcionária do supermercado, que fica na Zona Norte da capital gaúcha. A vítima teria ameaçado bater na funcionária, que chamou a segurança.

 

O Carrefour informou, em nota, que lamenta profundamente o caso, que iniciou rigorosa apuração interna e tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente.

 

A rede, que atribuiu a agressão a seguranças, também chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com a empresa que responde pelos funcionários agressores.

 

Também em nota, a Brigada Militar informou que o PM envolvido na agressão é "temporário" e estava fora do horário de trabalho.

 

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Segundo o comunicado, as atribuições dele na corporação são limitadas à "execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento" e "guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos". A Brigada não informou o que ele fazia no mercado.

 

Fonte: G1

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