O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (12/5) que as Forças Armadas “não estão se metendo nas eleições”. Durante uma transmissão a vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal voltou a dizer que os militares foram convidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar do processo de outubro deste ano.
Mais cedo, o presidente da Justiça Eleitoral, ministro Edson Fachin, disse, durante visita à sala do TSE onde estão sendo realizados testes de segurança nas urnas eletrônicas, que quem trata das eleições são as “forças desarmadas”.
Na ocasião, Fachin comentava a sugestão de Bolsonaro de que as Forças Armadas poderiam fazer uma apuração paralela dos votos no decorrer das eleições de 2022. De acordo com o ministro, a Corte aceita colaborações, mas a palavra final é do TSE.
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O presidente da República classificou a declaração de Fachin de “descortês”.
“Eu não dei de onde ele [Fachin] está tirando esse fantasma de que as Forças Armadas querem interferir na Justiça Eleitoral. As Forças Armadas não estão se metendo nas eleições. Elas foram convidadas. […] Não se refira dessa forma às Forças Armadas. É uma forma bastante descortês de tratar uma instituição que presta, em várias áreas, excelentes serviços ao Brasil”, disse Bolsonaro.
No ano passado, o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, criou uma comissão de transparência das eleições e convidou os militares a indicarem um representante para participar do colegiado.
Na live, o chefe do Executivo federal disse que Fachin, agora como presidente, tem poder para revogar a medida de Barroso.
“Não estou pedindo para o senhor fazer isso, não. Mas o senhor pode revogar a portaria. Enquanto a portaria estiver em vigor, as Forças Armadas estão convidadas. Não existe interferência. Ninguém quer impor nada, ninguém quer atacar as urnas eletrônicas, atacar a democracia. Nada disso”, afirmou o presidente.
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“Ninguém está incorrendo em atos antidemocráticos, pelo amor de Deus, está certo? A transparência das eleições, umas eleições limpas, seguras, transparentes, é questão de segurança nacional. Ninguém quer ter dúvidas”, acrescentou.
Fonte: Metrópoles