Mesmo após o laudo do IML (Instituto Médico-Legal) ter revelado que Adolfo Duarte morreu por asfixia, a família do ambientalista busca respostas sobre as motivações da tragédia. "Nunca duvidamos que tinha algo errado", diz Uiara Sousa Duarte. "A gente esperava que pudéssemos estar errados. Ainda falta entender por que fizeram isso, qual o motivo, mas nada vai mudar o que aconteceu."
Depois da divulgação do laudo, a polícia prendeu, nesta quarta-feira (24), os quatro jovens que estavam na embarcação com o ambientalista conhecido como Ferrugem, encontrado morto na represa Billings, em São Paulo (SP), no começo de agosto. A Justiça paulista decretou as prisões após o laudo do IML (Instituto Médico-Legal) apontar sinais de afogamento e marcas no pescoço da vítima que indicavam asfixia.
Uiara recebeu a notícia sobre o laudo às 18h30 desta quarta-feira. "Fiquei muito arrasada, preferia que tivesse sido só uma imprudência. Saber que ele se perdeu pela mão de uma pessoa que não conhecia o trabalho dele é muito triste", diz ela.
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A mulher de Ferrugem afirma também que sentiu alívio ao ser informada sobre o resultado da perícia. "Ele não teria se afogado, pelos laudos houve provavelmente um mata-leão. Soube pela delegada que ele estaria morto dentro barco e teria sido lançado morto", diz.
Apesar da prisão dos suspeitos e das investigações, a família busca entender como a asfixia ocorreu. "Qual a motivação para tirar a vida de uma pessoa? Imagino que tenha sido uma coisa muito fútil. Que direito uma pessoa tem de tirar a vida?"
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Uiara diz que, segundo os indícios, o companheiro teve uma pancada na cabeça e marcas foram deixadas no seu corpo. "Em que momento ele teria sofrido asfixia? Se tivesse uma briga, ele teria tentado apaziguar. Acredito que, em caso de briga, ninguém tentou ajudar."
Fonte: R7