Presidente da CPI, Omar Aziz, e relator, Renan Calheiros
A cúpula da CPI da Covid prestou solidariedade à jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, que foi agredida verbalmente pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira. Em nota conjunta, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e integrantes da oposição afirmaram que "tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas a democracia brasileira".
"As Senadoras e Senadores desta Comissão manifestam solidariedade à jornalista Laurene Santos, que hoje, enquanto trabalhava, foi submetida a uma reação, no mínimo, desproporcional do presidente da República a uma pergunta legitimamente feita pela repórter. A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da Pandemia, no ano passado", diz trecho da nota.
Além de Aziz, Renan e Randolfe, assinam o documento os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Rogério Carvalho (PT-SE).
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O grupo também destacou que os responsáveis pelo agravamento da pandemia no Brasil "pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches". "Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescreveram", escreveram.
Em outra nota, feita individualmente, o presidente da CPI, Omar Aziz, desejou "os melhores sentimentos" para a jornalista Laurene Santos e disse que "o jornalismo sério é fundamental em qualquer democracia e os que fazem disso sua lida devem ser respeitados". Para Aziz, Bolsonaro deu "um show de misoginia".
Fotos: Reprodução
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"Espero que os ‘defensores’ da médica Nise Yamaguchi se solidarizem com a jornalista e que os advogados dela processem o senhor Jair Bolsonaro pelo show de misoginia desta tarde. Laurene não esmoreça. Seu trabalho é importante para o Brasil melhor que todos sonhamos". afirmou o presidente do colegiado.
Fonte: O Globo