Presidente da Câmara rebateu declaração e falou sobre os
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou comentar a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a suposta fraude nas eleições de 2018 e disse, nesta terça-feira, que a questão já foi respondida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Vamos no que interessa? Temos 52 milhões de brasileiros vivendo com US$ 5 por dia. Vamos tratar do que é sério e urgente para o brasileiro", disse.
Na segunda-feira, em Miami, o presidente da República disse que tinha "provas" de que teria vencido a eleição no primeiro turno. Segundo ele, houve "fraude" no pleito - Bolsonaro venceu as eleições no segundo turno, quando obteve 55,13% dos votos. No primeiro turno, conseguiu 46,03% dos votos válidos, o que não foi suficiente para liquidar a disputa imediatamente.
Nesta terça-feira, o TSE divulgou uma nota em que rebate as declarações do presidente e reafirma a "absoluta confiabilidade e segurança" do sistema eletrônico de votação. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, disse que a Justiça Eleitoral "não compactua com fraudes".
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Maia também preferiu não responder a sugestão do presidente Bolsonaro, que disse que as manifestações do próximo domingo podem perder força se o Congresso desistir de controlar uma fatia expressiva do Orçamento da União.
"O parlamento aguarda o encaminhamento das duas reformas (tributária e administrativa) ainda essa semana porque vai ser uma sinalização forte para a sociedade da importância que as reformas têm", disse ao ser questionado sobre a fala de Bolsonaro.
Sobre a relação entre os Poderes e o momento para a realização de reformas estruturantes, Maia disse não querer entrar em conflito. "Se nós entrarmos nesse conflito, nós vamos estar jogando, vamos estar ajudando o governo a jogar o Brasil numa recessão e nós não podemos ser parte disso. É por isso que a gente tem que ter a mesma paciência, o mesmo equilíbrio que o parlamento teve no ano passado, quando todo mundo achou que, em determinado momento não se votava mais nada aqui, aprovamos uma reforma da previdência histórica", afirmou.
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"Nós não podemos jogar lenha nessa fogueira. Lenha nessa fogueira vai colocar mais brasileiros na pobreza, vai tirar mais crianças das escolas e vai gerar mais brasileiros trabalhando com subemprego, sem carteira assinada, sem proteção social. É isso que tem que ser o nosso objetivo", disse.
O Dia