Al-Golani lidera seus combatentes em uma longa ofensiva contra o governo de Bashar al-Assad, reacendendo a longa guerra civil do país.
Abu Mohammed al-Golani, líder do grupo rebelde que afirma ter derrubado o ditador Bashar al-Assad na Síria, afirmou neste domingo (8), em pronunciamento lido pela TV estatal, que "o futuro é nosso".
"Não há chance de voltar atrás, estamos determinados a continuar o caminho que começamos em 2011", diz o texto, em referência ao início da revolta contra Assad.
No sábado, em outro comunicado, al-Golani declarou que seu objetivo é "libertar a Síria de um regime opressivo".
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O comandante do HTS tem 42 anos e é também conhecido como Abu Mohammed al-Jawani. Ele nasceu em Riade, na Arábia Saudita, mas família é originalmente de Golã, a região do sudoeste da Síria, anexada unilateralmente por Israel na década de 1970.
Nos últimos anos, Golani trabalhou para reformular sua imagem pública e a insurgência que comanda, afastando-se de seu parceiro de longa data, al-Qaeda.
Agora, aos 42 anos, o líder dirigiu seus combatentes em uma ofensiva impressionante que colocou sob seu controle a maior cidade da Síria. Com isso, ele reavivou a longa guerra civil do país e provocou a fuga do ditador Bashar al-Assad, cujo paradeiro é desconhecido.
A ofensiva e o papel de al-Golani nesta liderança são evidências de uma transformação notável. O sucesso dele no campo de batalha é resultado de anos de manobras entre organizações extremistas, enquanto eliminava concorrentes e antigos aliados.
Ao longo do caminho, ele se distanciou da al-Qaeda, aprimorando sua imagem e a do grupo extremista que lidera, o "governo de salvação", em uma tentativa de conquistar governos internacionais e as minorias religiosas e étnicas do país.
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Com um discurso de pluralismo e de tolerância, os esforços de reformulação da marca de al-Golani buscaram ampliar o apoio público e a legitimidade de seu grupo.
Fonte: G1