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Biden comemora queda de Assad, mas alerta sobre ''risco e incerteza''
Foto: Justin Sullivan/Getty Images

Presidente dos EUA fez pronunciamento neste domingo (8/12) sobre queda do regime ditatorial na Síria. É um ato de justiça, disse

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou neste domingo (8/12) sobre a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria. O democrata comemorou o feito, alegando que o governo do ex-presidente “brutalizou, torturou e matou centenas de milhares de sírios”, mas alertou sobre os riscos e incertezas do futuro.

 

“A queda desse regime é um ato de justiça. É um momento histórico de oportunidade para as pessoas da Síria, para que elas vejam o futuro do seu país, e é também um momento de risco e incerteza. Todos se perguntam agora o que virá a seguir”, disse Biden em pronunciamento.

 

Segundo ele, os EUA trabalham com parceiros no Oriente Médio e partes interessadas na Síria para encarar o momento atual e gerenciar os riscos. “Durante anos, muitos apoiaram o Assad, incluindo Irã, Hezbollah e Rússia, mas esse apoio caiu nas últimas semanas. Todos esses três apoios caíram, porque todos acabaram sendo ameaçados em suas posições”, expôs Biden.

 

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O presidente norte-americano alega que o ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023, fez o mundo perceber “o risco do Irã e de seus prepostos na região”. Os conflitos crescentes enfraqueceram todos eles, na visão de Biden, assim como a Rússia, que segue em guerra contra a Ucrânia.

 

“Pela primeira vez, agora, os russos, o Irã e o Hezbollah, não puderam mais apoiar o regime da Síria. Isso é um resultado direto dos ataques na Ucrânia, em Israel e a todas as pessoas que lutam por sua defesa”, aponta Biden.

 

A crise na Síria, no entanto, reforça a preocupação dos Estados Unidos quanto a um possível avanço do grupo terrorista Estado Islâmico. Biden acredita que “eles podem tentar usar esse vácuo para aumentar o seu poder”.

 

O presidente, no entanto, anuncia que os EUA manterão a missão na Síria contra o grupo, incluindo as instalações de segurança onde o Estado Islâmico mantém prisioneiros. “Não deixaremos que isso [avanço deles ao poder] aconteça”, diz ele.

 

Nos próximos dias, o democrata falará com líderes da região para discutir as próximas medidas. Autoridades do governo norte-americano devem se deslocar ao Oriente Médio.

 

“Olhando para o futuro, os EUA farão o seguinte: primeiro, apoiará os vizinhos da Síria, incluindo a Jordânia, o Líbano, Iraque e Israel para que eles se mantenham nesse momento de transição na Síria. Em segundo lugar, ajudaremos na estabilidade para restaurar a Síria. Em especial, protegendo o nosso pessoal [norte-americanos] no local”, anuncia Biden.

 

Os rebeldes sírios, liderados por radicais islâmicos, tomaram o poder, depois de mais de 13 anos de uma guerra civil sangrenta. Em anúncio na TV pública do país, eles confirmaram a queda do regime e ocupação da capital Damasco neste domingo.

 

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Bashar al-Assad, cujo paradeiro era desconhecido até o início desta tarde, está em Moscou, na Rússia. Ele surgiu ao lado do presidente Vladimir Putin. A informação foi divulgada pela mídia estatal russa. O regime ditadorial de Assad durou 24 anos.

 

Fonte: Metrópoles

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